Popularidade de Sarkozy atinge o nível mais baixo em 4 meses


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PARIS, 22 de outubro (Reuters) - A popularidade do presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou ao nível mais baixo dos últimos quatro meses em outubro, segundo uma pesquisa feita pelo Ifop, e divulgada no sábado, para o jornal Le Journal du Dimanche.
A pesquisa revelou que 69 por cento das pessoas que responderam à pesquisa, disseram estar insatisfeitas com o presidente, mais do que os 67 por cento de descontentes em agosto e setembro e do que os 64 por cento em julho.
Enquanto isso, a pesquisa mostrou que a proporção de pessoas satisfeitas com o primeiro-ministro François Fillon, caiu um ponto percentual em relação ao mês anterior, chegando a 46 por cento, número mais baixo em dois anos e meio.
O Ifop entrevistou 1.849 pessoas maiores de 18 anos, por telefone entre 13 e 21 de outubro, segundo informações do jornal.
(Por James Regan)

Médico que disse que Chávez viveria dois anos foge da Venezuela


Médico que disse que Chávez viveria dois anos foge da Venezuela
"Hugo Chávez (AFP)"
Um médico que disse que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem expectativa de vida de apenas dois anos fugiu do país dizendo se sentir ameaçado.
Salvador Navarrete teria recebido a visita de policiais após dar uma entrevista à revista mexicana Milénio, publicana no início da semana.
Ele havia dito que Chávez tem uma forma de câncer muito agressiva, um sarcoma, na região pélvica.
A informação teria sido obtida de integrantes da família de Chávez, com quem ele teria mantido contato após ter tratado do presidente venezuelano 10 anos atrás.
'Estou preocupado que o presidente e aqueles a seu redor não saibam da total magnitude de sua doença, já que tudo foi tratado de forma completamente sigilosa', disse ele.
Na última quinta-feira, Hugo Chávez disse que está livre de células cancerígenas em seu corpo, ao retornar de check-ups médicos feitos em Cuba depois de quatro ciclos de quimioterapia.
'Tál Cuál'
Na sexta-feira, o jornal esquerdista de oposição Tál Cuál publicou uma carta assinada por Navarrete dizendo que 'os eventos que se seguiram' à sua entrevista para a revista Milénio 'o obrigaram' a deixar a Venezuela com sua família 'de forma abrupta', sem dar mais detalhes.
Navarrete defendeu suas declarações, dizendo que tudo o que fez foi 'dar uma opinião que qualquer médico poderia dar' sobre a saúde de Chávez, sem que ela fosse definitiva.
Navarrete, no entanto, voltou a falar da gravidade da doença de Chávez.
O presidente Venezuelano já havia dito anteriormente que seu tratamento havia sido bem-sucedido, mas os segredos que ainda envolvem a doença do presidente alimentaram especulações sobre seu estado de saúde.
No mês passado, ele negou relatos da mídia americana de que ele teria sido levado para o hospital com falência renal em decorrência de seu tratamento contra o câncer.
Aos 57 anos de idade e no poder desde 1999, Chávez sempre insistiu que se recuperaria a tempo de conseguir se reeleger em 2012

Médicos venezuelanos negam que Chávez tenha pouco tempo de vida


Médicos venezuelanos negam que Chávez tenha pouco tempo de vida
"O presidente venezuelano Hugo Chávez"
Três médicos que tratam do presidente venezuelano Hugo Chávez negaram que ele tenha somente dois anos de vida, em uma coletiva de imprensa no principal hospital militar da capital, Caracas.
A afirmação foi feita pelo médico Salvador Navarrete, que deixou o país, dizendo temer se sentir ameaçado.
Ele havia dito à revista mexicana Milénio, publicada no início da semana, que Chávez tem uma forma de câncer muito agressiva.
No entanto, um membro da equipe médica de Chávez disse nesta sexta-feira que Navarrete estava errado e que não tinha acesso ao histórico médico do presidente.
Em seu primeiro comentário oficial sobre a saúde do líder venezuelano, os três médicos afirmaram que Salvador Navarrete estava mal informado e que ele teve um contato mínimo com Chávez há dez anos.
'O presidente, do ponto de vista do câncer, foi diagnosticado e tratado cedo. Ele se submeteu aos tratamentos apropriados na sequência e seu estado atual é bastante satisfatório, com um prognóstico excelente', disse um dos médicos, Fidel Ramírez.
'Navarrete não era o médico de Chávez, nem uma pessoa de confiança, nem um membro de sua família.'
No entanto, os especialistas não disseram qual é o tipo de câncer de Chávez.
Sigilo
Na última quinta-feira, Hugo Chávez disse que está livre de células cancerígenas em seu corpo, ao retornar de check-ups médicos feitos em Cuba depois de quatro ciclos de quimioterapia.
Salvador Navarrete disse à revista Milénio que Chávez tem uma forma de câncer muito agressiva, um sarcoma, na região pélvica.
A informação teria sido obtida de integrantes da família de Chávez, com quem ele teria mantido contato após ter tratado do presidente venezuelano 10 anos atrás.
'Estou preocupado que o presidente e aqueles a seu redor não saibam da total magnitude de sua doença, já que tudo foi tratado de forma completamente sigilosa', disse ele.
Na última sexta-feira, o jornal esquerdista de oposição Tál Cuál publicou uma carta assinada por Navarrete dizendo que 'os eventos que se seguiram' à sua entrevista'o obrigaram' a deixar a Venezuela com sua família 'de forma abrupta', sem dar mais detalhes.
Ele teria recebido a visita de policiais que revistaram sua casa após a publicação da revista.
O presidente Venezuelano já havia dito anteriormente que seu tratamento havia sido bem-sucedido, mas os segredos que ainda envolvem a doença do presidente alimentaram especulações sobre seu estado de saúde.
No mês passado, ele negou relatos da mídia americana de que ele teria sido levado para o hospital com falência renal em decorrência de seu tratamento contra o câncer.
Aos 57 anos de idade e no poder desde 1999, Chávez sempre insistiu que se recuperaria a tempo de conseguir se reeleger em 2012.
Médicos dizem que os pacientes devem esperar pelo menos dois anos após o tratamento contra o câncer para que possam ser considerados fora de perigo.

Lula ganha prêmio internacional por contribuir no combate à fome


SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi nomeado nesta terça-feira vencedor do prêmio World Food Prize, concedido a personalidades que deram contribuição relevante no combate à fome no mundo, informou a fundação que concede o prêmio, sediada no Iowa, Estados Unidos.
O ex-presidente de Gana John Agyekum Kufuor também recebeu o prêmio.
Segundo comunicado da World Food Prize Foundation, Lula foi escolhido por antecipar as Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas ao garantir que 93 por cento das crianças e 82 por cento dos adultos façam três refeições por dia.
A fundação também destacou programas sociais do governo Lula, como Fome Zero, Bolsa Família, Mais Alimentos, e o programa de aquisição de alimentos para merenda escolar.
'Ao longo dos oito anos de sua administração, o comprometimento e a visão do presidente Lula da Silva conseguiram reduções dramáticas na fome, na pobreza extrema e na exclusão social, melhorando grandemente a vida do povo brasileiro', afirmou a fundação.
Em comunicado divulgado pelo Instituto Cidadania, fundado por Lula, o ex-presidente comemorou a escolha.
'Eu estou emocionado de saber que o Brasil foi escolhido como um país que conseguiu boas políticas na área da agricultura e combate à fome', disse Lula.
'O Brasil tem muito a mostrar na área de segurança alimentar. E nós queremos compartilhar nossa experiência com outros países, especialmente da África e os países mais pobres da América Latina', completou.
O instituto lembrou que a premiação para Lula vem em um momento em que o Brasil patrocina a candidatura de José Graziano para chefiar a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Graziano foi ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate a Fome no início do primeiro mandato de Lula, e o ex-presidente publicou artigo na edição de domingo do jornal inglês The Guardian em que defende o nome de Graziano para o posto.
A eleição do novo diretor-geral da FAO será feita durante o próximo congresso da entidade, que vai de 25 de junho a 2 de julho na sede da organização, em Roma.
O World Food Prize foi criado em 1986 pelo cientista norte-americano Norman Borlaug, responsável pela chamada 'Revolução Verde' e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1970.
Além de Lula, outros dois brasileiros já foram agraciados com o prêmio: o pesquisador aposentado da Embrapa Edson Lobato e o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, que receberam o prêmio em 2006 por terem contribuído para transformar o Cerrado numa região fértil para a agricultura.
(Por Eduardo Simões)

UE fecha princípio de acordo para recapitalizar bancos por 100 bi de euros


UE fecha princípio de acordo para recapitalizar bancos por 100 bi de euros











Bruxelas, 22 out (EFE).- Os países da União Europeia chegaram a um princípio de acordo sobre a recapitalização dos bancos europeus, pelo qual será exigido das grandes entidades um aporte capital de máxima qualidade de 9%, obrigando-os a conseguir 100 bilhões de euros em novos fundos.
Fontes diplomáticas confirmaram neste sábado que os ministros de Finanças da União Europeia (UE) estão redigindo as linhas de atuação, a fim de que os chefes de Estado e de Governo deem neste domingo sinal verde ao acordo.
A quantia de recapitalização é metade do considerado necessário pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que cifrou o montante em 200 bilhões de euros.
Os ministros de Finanças da UE acordaram ainda elevar o requisito do Core Tier 1 - o capital de máxima qualidade - em 9%, contra 5% exigido nos testes de estresse realizados em julho pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês).

Did Qaddafi's End Justify the Means?


When international coalition forces struck against Muammar al-Qaddafi's military outside the rebel stronghold of Benghazi in March, they were acting on a doctrine called "responsibility to protect," or R2P. The idea, not even a decade old and only embraced by the United Nations in 2005, is that a country's government could be held accountable -- with military force, if necessary -- for failing to ensure the well-being of its citizens. In our November issue, Foreign Policy explores the history of this doctrine -- but what about its future? Was the successful toppling of the Qaddafi regime a new dawn for muscular humanitarianism or a false one? Did the invasion make the world less safe for dictators or for the rest of us? We convened a roundtable of experts to weigh in on what humanitarian intervention in the post-Libya world will look like.
David Bosco: How Libya made humanitarian intervention less likely
Imagine this alternate reality: In April 1994, thousands of American, British, and French forces seize control of the airport in Kigali, Rwanda, and then fan out across the country to stop what officials describe as an incipient genocide. As they attempt to restore order, the Western troops confront and clash with Hutu extremists. Several American soldiers are killed by snipers and a helicopter crash kills a dozen more. In Washington, Bill Clinton's administration faces outrage over the intervention, which draws immediate comparisons to the failed Somalia mission. Claims by administration officials that they prevented a massive bloodletting are greeted with derision on Capitol Hill, where support for costly humanitarian missions is weak.
All of which is to say that the "responsibility to protect" (R2P), the doctrine that guided this year's international intervention in Libya, has a structural problem, at least insofar as it involves military action to prevent atrocities. Early intervention in Rwanda might have saved as many as 500,000 lives, a stunning achievement. But it's almost certain that such a mission would not have been viewed as a stunning success. The problem is that R2P's successes will always be ambiguous and debatable, dogged by "what if"s. Its costs, meanwhile, will be painfully evident in the form of military expenditures and casualties and in whatever unintended consequences may follow an intervention. For that reason, the doctrine will struggle to build a record of success and cement its place as an international norm.
This dynamic has been apparent in Libya. British, French, and American leaders insist that they averted a massacre in Benghazi, but such claims are impossible to prove and easy to doubt, as many close observers of the situation have. Meanwhile, critics of the operation can without fear of contradiction point to the mission's price tag, the political complexities of post-Qaddafi Libya, and the diplomatic strains that the mission has produced with other U.N. Security Council members and within the NATO alliance. At least in the medium term, Libya has made humanitarian interventions less likely.
Coercive intervention is not the entirety of the R2P doctrine, which is fundamentally an attempt to change conceptions of what national sovereignty means. But a government that is clinging to power by violence can usually only be stopped by force. R2P is well on its way to becoming boilerplate in official reports, resolutions, and speeches. As an operational doctrine, however, it will always have to fight for its life.
David Bosco is an assistant professor at American University's School of International Service and writes the Multilateralist blog for FP.
foreignpolicy

‘Livro Verde’ resumia pensamento de Muammar al-Qaddafi's durante governo da Líbia


Publicado nos anos 1970, compêndio servia de Constituição ao país. No livro, ex-ditador dizia que sistema de eleições é ‘ditadura sob disfarce’.


Em vários discursos feitos ao povo Líbio, o ex-ditador Muammar Kadhafi, morto nesta quinta-feira (20) por combatentes liderados pelo novo governo da Líbia, lia passagens do "Livro Verde", compêndio de doutrinas publicado nos anos 1970 e que serve de Constituição para o país.
Imagem do 'Livro Verde', de Muamar Kadhafi (Foto: G1)Mais um dos exotismos do presidente daLíbia, o livro resumia sua ideologia e defendia a “democracia islâmica”, apresentada como uma alternativa nacional ao socialismo e ao capitalismo, combinada com aspectos do islamismo.



Kadhafi permaneceu no poder por 42 anos, desde que depôs o rei Idris I, em 1969, em um golpe de estado sem derramamento de sangue, quando tinha 27 anos. Em 1977, ele criou o conceito de “Jamahiriya” ou “Estado das massas”, em que o poder é exercido através de milhares de “comitês populares”.

Representações do livro podem ser vistas em diversos locais pelo país, como num dos primeiros vídeos amadores publicados no Youtube, em que um grupo de manifestantes tombam uma escultura do livro, ou numa enorme monumento no centro da capital Trípoli, em que o compêndio de Kadhafi repousa sobre dois outros volumes: um azul, onde está escrito “A Democracia” e um vermelho, onde se lê “O Marxismo”, ambos cobertos por “teias de aranha” feitas por fios de aço.


A obra pode ser resumida num conjunto de concepções que giram em torno da “Terceira Teoria Universal”, elaborada por Kadhafi. A partir deste conceito, ele critica e propõe alternativas aos regimes políticos, econômicos e sociais; à organização da sociedade, educação e cultura, entre outros temas.

No capítulo em que trata da democracia, por exemplo, Kadhafi classifica como “ditadura sob disfarce” o sistema de eleições livres. “A luta política que conduz à vitória de um candidato, com, por exemplo, 51% do conjunto de eleitores, conduz a um sistema ditatorial, mas sob um disfarce democrático. De fato, 49% dos eleitores passam a ser governados por um sistema que não escolheram e que, pelo contrário, lhes foi imposto. Isso é ditadura.”

Já a imprensa, proibida de cobrir a atual revolta popular no país, é descrita no livro como “expressão da sociedade e não o meio de expressão de uma pessoa física ou moral”. “No caso de um particular, proprietário de um jornal, o jornal é dele e exprime unicamente o ponto de vista dele. Pretender que seja o jornal da opinião pública é falso e sem qualquer fundamento, porque, na realidade, ele não exprime senão o ponto de vista de uma pessoa física. Não é democraticamente admissível que uma pessoa física possua um meio de difusão ou de informação.”

NegrosEntre as inúmeras teorias elaboradas pelo autor, há trechos curiosos, como o capítulo intitulado “Os negros prevalecerão no mundo” em que afirma que o homem negro, submetido à escravidão, “não a esquecerá até ter completado a sua total reabilitação”.

Manifestantes destroem monumento ao livro em Tobruk, na Líbia (Foto: AFP)“Os negros encontram-se atualmente em situação social muito atrasada. Contudo esse atraso favorece-os numericamente uma vez que o seu baixo nível de vida os protege das medidas anticoncepcionais e do planejamento familiar. As suas tradições sociais atrasadas também os levam a não limitar os casamentos, o que favorece o seu crescimento ilimitado, enquanto que as outras raças vão decrescendo de número devido às práticas de controle dos nascimentos, às restrições impostas ao casamento e à permanente ocupação no trabalho (em contrapartida, os pretos vivem ociosamente num clima sempre quente).”
Tese sobre democracia

Já o filho do ditador, Saif al Islam, que já fez algumas aparições na TV estatal para defender o regime do pai, é autor da tese de doutorado em filosofia na London School of Economics (universidade britânica de economia e ciência política) sob o título "O papel da sociedade civil na democratização de instituições de governança global: do 'soft power' às decisões coletivas?", apresentada em 2007.
O estudo defende incluir votos da sociedade civil em decisões inter-governamentais de órgãos como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial do Comércio). "Esta dissertação analisa o problema de como criar instituições globais mais justas e democráticas, explorando a abordagem de um sistema mais formal de decisões coletivas pelos três principais membros da sociedade global: governos, sociedade civil e o setor econômico", escreve Saif al Islam no resumo.

Cinzas de vulcão deixam qualidade do ar no RS pior que em Pequim e São Paulo



  • Nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão chileno Peyehue- Cordón Caulle é vista no ar em Porto Alegre
    Nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão chileno Peyehue- Cordón Caulle é vista no ar em Porto Alegre
As cinzas do complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle, que cancelaram voos no sul do Brasil na terça (18) e quarta-feira (19), não trouxeram apenas transtornos para o transporte. Conforme levantamento da empresa de meteorologia MetSul, com dados da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), do Rio Grande do Sul, a qualidade do ar entre esses dias na região metropolitana de Porto Alegre foi extremamente maléfica à saúde.
O nível de partículas nocivas no ambiente foi superior ao da poluída capital chinesa, Pequim, e ao da cidade de São Paulo. Entretanto, a nuvem vulcânica está deixando a Região Sul do país em direção ao mar, fazendo com que a condição do ar melhore.
Ver em tamanho maior

Problemas causados pelo vulcão chileno Puyehue




o.
A concentração média de material particulado inalável analisada em 24 horas – das 17h de segunda-feira (17) às 17h de terça-feira – no bairro Parque Universitário, em Canoas (a 9 km de Porto Alegre), na região metropolitana, chegou a 285 microgramas por metro cúbico. Em dez anos de análises da qualidade do ar na região, esses foram os piores resultados obtidos pela Fepam.
Comparando com dados obtidos no mesmo período sobre a qualidade do ar da capital chinesa, Pequim, coletados pela estação de monitoramento no distrito de Chaoyang (216 microgramas por metro cúbico), os meteorologistas observaram que a qualidade do ambiente na região metropolitana de Porto Alegre estava pior do que uma das cidades mais poluídas do planeta.
Ao relacionar a qualidade do ar na área da Grande Porto Alegre com amostras da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) – que utiliza o índice de 150 microgramas por metro cúbico a quantidade tolerável de poeira respirada em um dia –, verificou-se que as cinzas vulcânicas elevaram o número de partículas nocivas na atmosfera a índices superiores aos registrados no Estado de São Paulo. As maiores marcas paulistas são de 187 microgramas de material particulado inalável por metro cúbico em Parelheiros (em 2009) e 173 microgramas por metro cúbico em Mauá (em 2010).

Uol Noticias

Síria tem marcha em apoio ao presidente Assad


Governo provisório líbio reconheceu conselho rebelde oposicionista sírio.
Repressão a atos pró-democracia já matou mais de 3.000 na Síria.


Dezenas de milhares de sírios marcharam nesta quarta-feira (19) em apoio ao presidente Bashar al-Assad na cidade de Aleppo, no norte do país, enquanto tropas leais ao líder sírio realizavam uma ofensiva no sul para esmagar a revolta de sete meses contra seu governo.
A manifestação organizada pelo Estado em Aleppo ocorreu uma semana após um evento similar em Damasco, demonstrando que as autoridades ainda podem obter apoio em massa nas duas principais cidades do país, apesar das ondas de instabilidade em toda a nação.
'Amamos você', clamavam os manifestantes enquanto seguravam fotos de Assad e agitavam bandeiras sírias, russas e chinesas -- uma referência ao veto de Moscou e Pequim ao projeto de resolução da ONU que poderia ter levado a sanções contra a Síria.
Multidão marcha a favor de Bashar al Assad nesta quarta-feira (19) na cidade síria de Aleppo (Foto: Reuters)Multidão marcha a favor de Bashar al Assad nesta quarta-feira (19) na cidade síria de Aleppo (Foto: Reuters)

Bandeiras enormes foram hasteadas em prédios ao redor da praça onde os manifestantes se reuniram para ouvir músicas nacionalistas e discursos de apoio a Assad. Moradores disseram que as escolas foram fechadas em Aleppo na quarta-feira para aumentar a participação no comício. O presidente sírio desafia os pedidos de Estados Unidos e Europa para que renuncie.
No centro da cidade de Homs, onde moradores dizem que homens armados e desertores do Exército lutam contra forças do governo, ativistas relataram que seis pessoas foram mortas a tiros por homens de Assad no distrito de Naziheen.
Essas mortes aumentaram para ao menos 38 o número de vítimas em uma ofensiva do Exército de três dias em Homs, uma cidade de um milhão de habitantes que testemunha protestos regulares contra o governo.
Ativistas disseram que duas pessoas foram mortas em Nazariya, perto da fronteira com o Líbano. Jornalistas estrangeiros estão proibidos de transitar em parte da Síria, o que dificulta a confirmação independente dos eventos relatados.
As autoridades sírias culpam 'grupos terroristas armados' pela instabilidade e afirmam que 1.100 policiais e soldados também foram mortos. A ONU diz que a repressão de Assad aos protestos matou 3.000 pessoas, incluindo 187 crianças.
O Conselho Nacional de oposição da Síria, que se comprometeu a buscar proteção internacional para impedir as mortes de civis, foi reconhecido pela Líbia na quarta-feira como a autoridade legítima do país.
Assad tem enviado tropas e tanques para cidades e vilarejos para acabar com os distúrbios. Mas os protestos persistem, embora em número reduzido, com milhares de soldados do exército sunita muçulmano agora desafiando seu governo.
Diplomatas e analistas militares afirmam que as ações de Assad, que pertence à seita minoritária alawita, têm alimentado deserções do exército. Vários oficiais anunciaram recentemente a sua deserção. As últimas incluíram 20 soldados que deixaram os postos perto da cidade de Hirak, a 80 quilômetros ao sul de Damasco, e entraram em choque com tropas após a morte de três manifestantes que protestavam contra a prisão de um clérigo popular, disseram ativistas.
Mais mortes
Dez civis e sete soldados morreram em confrontos registrados nesta quarta no país, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os sete soldados morreram num confronto com homens armados, aparentemente desertores, no centro do país.
Dez civis também morreram na repressão do regime sírio, que criticou duramente a Liga Árabe, acusada de desestabilizar o país.
"Já não surpreende ver a Liga Árabe, que se supõe deveria concentrar-se na ação árabe comum, transformar-se num instrumento de injustiça para desestabilizar a Síria", disse o jornal governamental  'As Saura'.
A Liga Árabe pediu no domingo ao governo sírio e à oposição para realizar uma "conferência de diálogo nacional" dentro de 15 dias no Cairo para acabar com a violência e "evitar uma intervenção estrangeira".
tA organização panárabe, que se reuniu em caráter extraordinário na capital egípcia, decidiu "lançar os contatos necessários com o governo sírio e o conjunto de facções da oposição para celebrar uma conferência de diálogo nacional global na sede da Liga Árabe e sob sua égide dentro de 15 dias", segundo um comunicado.

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