2011 Bolsa de entrada Internacionais na Universidade de Bangor, no Reino Unido


Organização: Universidade de Bangor

Assunto: Arquitetura

País: Reino Unido


Elegibilidade: Os candidatos aprovados que se candidataram a estudar na Universidade de Bangor antes do 30 de junho de 2011, será atribuído o Internacional entrada Scholarship.The Internacional de Bolsas de entrada se aplicam a alunos em início de cursos (Graduação, Pós-Graduação e de Pós-Graduação Pesquisa Taught) em setembro de 2011 . Internacional de Bolsas de entrada não se aplica aos alunos que estarão estudando Business School Programas (consulte a tabela abaixo para schoalrships outros disponíveis)

Prazo final para inscrição: 30 de junho de 2011

Glauber Machado
Consultoria em educação internacional
gm.consultoriainternacional@gmail.com

Resenha do livro “A sociologia das Relações Internacionais”, de Guillaume Devin, por Leonardo Carvalho Bandarra

Editado em língua portuguesa, pela primeira vez, no ano de 2009 o livro “Sociologia das Relações Internacionais” (tradução do original de 2002 “Sociologie des relations internationales”), escrito pelo professor Guillaume Devin, do Institut d’Etudes Politiques de Paris, chega ao Brasil em um período de intensa expansão da atividade acadêmica no campo de estudo das relações internacionais e de maior interesse por parte da opinião pública na agenda internacional. Quando, em todas as regiões do país, se observa uma extraordinária ampliação do número de cursos existentes nessa área, tanto em relação a programas de graduação, quanto de pós-graduação. Em um período tão distinto tornam-se cada vez mais necessários, e requisitados, manuais que, além de introduzir teorias desse campo de estudos, sejam capazes de problematizar a maneira como se produz esse conhecimento, a metodologia, e como se analisa a conjuntura internacional contemporânea – é exatamente isso o que propõe Devin em sua pequena obra.




Buscando uma abordagem sociológica do Estudo das Relações Internacionais, o autor busca enfatizar a importância da “pesquisa sobre os fatores determinantes e as regularidades que influenciam a conduta dos atores no cenário internacional” (Devin, página 11). A partir dessa visão, Devin procura, ainda, enfatizar a importância instrumental do estudo do direito internacional público para que um pleno entendimento do ambiente internacional seja obtido.



Apoiando seus argumentos em renomados teóricos da tradição dos estudos das relações internacionais, Devin procura analisar como esse campo de estudos vem sendo conduzido fazendo, inclusive, críticas a grandes ícones da escola realista, como Hans Morgenthau e Raymund Aron, no que toca à teoria segundo a qual as relações entre os países se organizam sob a forma de um sistema. Outra fonte de pesquisa recorrente na obra é o periódico francês “Le Monde”, amplamente usado, principalmente, nas exemplificações do conteúdo apresentado, o que o torna mais próxima da realidade vivida pelo leitor.



O livro se divide em duas partes. A primeira parte (denominada “variáveis e desafios”) inicia-se com um breve histórico da escola realista, explicitando as semelhanças entre os autores e a ênfase dada ao estudo das relações inter-estatais. O Realismo é, à priori, apresentado como reducionista e generalista, no que toca ao foco dado à distribuição de poder entre os Estados como principal ponto a ser considerado em uma análise. Essa questão metodológica, que torna as estruturas estatais internas praticamente irrelevantes, será característica dessa escola e tornará as suas análises menos precisas. Devin também destaca a inabalável crença na democracia como precursora e necessária à paz, noção evidente em Henry Kissinger e base para o pensamento americano.



A forma de análise dos atores no cenário internacional, entretanto, tornar-se-á mais complexa a partir de três fatores, que a modificarão por completo. Primeiramente a Guerra do Vietnã, que revelou a fragilidade do Estado, ou seja, por mais poderoso que esse seja, ainda é suscetível a derrotas. O segundo fator seria os estudos acadêmicos, que estendem a visão de ator para além do Estado, e em terceiro lugar o surgimento na pauta de novos fenômenos que desmistificam a noção de Estado como “unidades políticas” hermeticamente fechadas. O conjunto desses fatores originará uma dilatação do leque de temas disponíveis à analise desse campo de estudo, impossibilitando a redução dele apenas à questão da guerra ou da paz entre os Estados. Além disso, observa-se o aumento na quantidade de atores com capacidade de influir diretamente nas relações entre países. Para ilustrar esse novo fato, Devin se usa do caso da moratória do México, de 1982, e do caso das crises internacionais, nos quais não apenas Estados, mas diversos outros atores fazem-se presentes, tal como ONGs, Organizações Internacionais, bancos, empresas multinacionais (que inclusive ocuparão, com exclusividade, um capítulo no livro) entre outras.



Outra questão problemática é a denominada potência, termo que Devin relativiza e coloca como múltiplo, apresentando uma série de definições, desde a de Susan Strange até a dos clássicos geopolíticos (ingressando, desapercebidamente, em uma grande polêmica no que se refere à participação do autor alemão Karl Haushofer no regime nazista). Devin confronta vividamente a noção segundo a qual, de forma sintética, o principal objetivo de todos os atores, não importando qual seja, é a sobrevivência, e é ela que permeia todas as suas ações e representa o seu maior desafio. Para ele essa teoria é demasiadamente simplista.



Na segunda parte do livro (denominada “instrumentos e técnicas”) o autor explora a diplomacia e a coloca como de suma relevância para a manutenção da boa coexistência entre os Estados, ressaltando sempre o papel do direito como mecanismo de pressão. Explorando a convenção de Viena de 1961, ele delineia as funções das missões diplomáticas, ou seja, representação, observação e negociação. Ainda nesse contexto, Devin faz um interessante exame das regras de protocolo e de sua importância para a prática diplomática e das prerrogativas e limites do diplomata residente em terras estrangeiras, como a imunidade e a regra de não interferência (limitação dos contatos do diplomata segundo os objetivos oficiais da missão).



Explorando de forma particular o caso francês, Devin oferece um panorama da diplomacia realizada a partir das estruturas governamentais (destacando as diferenças de como são conduzidas a política externa pela França e pelos EUA) e ainda das estruturas não-governamentais. Nessa seção do livro a questão da segurança nacional e internacional encontra lugar de destaque. Outro ator de extrema importância, que não poderia ser esquecido em uma analise mais detalhada dos agentes que influenciam no cenário em questão e cuja importância se faz presente tanto na esfera estatal como na não-estatal, é a opinião pública.



Na questão da diplomacia, ainda, o autor dispensa uma atenção especial ao estudo da propaganda (como instrumento de soft power) e das práticas subversivas, como os serviços especiais (apresentando suas principais funções, ou seja, proteção de segredos contra o inimigo, desinformá-lo e conduzir ações subversivas). A chamada “arma econômica”, que se dá via aplicação de sanções, por exemplo, é, também, intensamente explorada.



A obra de Devin representa, de forma sintética e clara, uma nova forma de visualizar, e mesmo de pesquisar, esse campo recente das ciências sociais. Em seu livro o autor expõe, objetivamente, seu ponto de vista, atingido empiricamente mediante intensa leitura e pesquisa, acerca de temas e teorias recorrentes ao analista das relações internacionais. Não há a proposta de dissertar intensa e paulatinamente sobre as teorias e teóricos da disciplina, nem sobre situações ou eventos específicos, mas de usá-los como base para uma nova forma de se estudar e observar as diversas relações no ambiente internacional. Busca-se definir um olhar sociológico.



Leonardo Carvalho Bandarra é graduando em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília 




Uma Visão Humanitária sobre o Fluxo Migratório dos Países Árabes em Conflito à luz do Direito Internacional, por José Carlos Carvalho Filho

Introdução




O mundo tem acompanhado, desde Janeiro de 2011, a intensa movimentação nos países do norte e nordeste africano como também em nações do Oriente Médio pela conquista da liberdade democrática. Entre os países estão Tunísia, Egito, Líbia, Marrocos, Argélia, Bahrein, Iêmen, Jordânia, Iraque, Irã, Kuwait, Líbano, Arábia Saudita, Síria e Mauritânia os quais há anos são comandados a mão-de-ferro por governos totalitários, autocráticos e laicos.



Não há como contestar que tais países foram inundados por um tsunami revolucionário que despertou a ambição de suas populações, principalmente jovens, na luta pelo exercício do direito de sufrágio, busca por novas e melhores condições de vida, prosperidade e justiça social.



Entretanto, como o próprio trocadilho nos permite refletir, este tsunami provocou outra reação ainda mais preocupante e que merece toda a atenção da comunidade internacional e dos chefes de Estados, principalmente, dos países vizinhos aos conflitos: o fluxo migratório.



A Revolução Popular nos Países Árabes



Em 17 de Dezembro de 2010, na cidade de Tunis – capital da Tunísia – o jovem Mohamed Bouazizi, ignorado pelo governo local em suas queixas, imolou-se em praça pública provocando o estopim para um conflito sem precedentes. A falta de oportunidades, corrupção e maus tratos contra a população fez com que, jovens tunisianos, cansados de se esconderem, exaltassem seus sentimentos em protestos frente aos abusos e desrespeitos aos direitos humanos, por anos ignorados pelos representantes de países desenvolvidos. Logo após a queda do presidente da Tunísia – Zine El Abidine Ben Ali – a população dos demais países árabes, confiantes quanto às conquistas, saíram às ruas, praças e em monumentos reclamando, também, pelos mesmos direitos.



A revolta popular que acometeu a Tunísia, denominada Revolução do Jasmim, ecoou a todos os vizinhos árabes acentuando o desentendimento entre as populações e seus representantes de Estados no tocante a mudanças estruturalmente políticas, sociais e econômicas. Este desarranjo consagrar-se-á na história como uma manifestação que inaugurou um novo momento para os países islâmicos tanto na organização política quanto na situação humanitária de seus habitantes.



Dentre os casos mais marcantes está à revolta que assola a Líbia. Enquanto rebeldes e defensores do governo de Muammar Kadafi disputam o poder, um grande número de pessoas é obrigado a retirar-se das áreas conflituosas diariamente. Em sua maioria, povos de regiões subsaarianas (sua maioria proveniente de Gana e Nigéria), egípcios, chineses e bengalis, cruzam as fronteiras para se abrigarem em outras nações ou mesmo nos limites entre os países a fim de protegerem suas vidas e de suas famílias contra ameaças do governo e/ou ataques de grupos insurgentes.



A conjuntura demonstra que o conflito na Líbia e nos diversos países árabes têm gerado perdas e a necessidade de intervenções profundas por parte das Nações Unidas e outros Organismos Internacionais com o intuito de amenizar estragos humanitários nesta guerra civil não declarada. De um movimento marcado pela civilidade nos protestos, o mundo acompanha, agora, perplexo imagens chocantes de maus tratos.



Refugiados ou Migrantes Econômicos?



No âmbito dos estudos de normas e institutos internacionais, a terminologia migrante recebe diferentes conceituações, ao ponto que se faz relevante distingui-las para que sejam cobradas condutas adequadas por parte dos Organismos Internacionais, Agências especializadas e Estados asilos.



A figura do migrante é classificada como voluntário ou forçado. Ao tecer sobre o assunto, Jubilut e Apolinário (2010, p.281), apontam que,



as (migrações) voluntárias abrangem todos os casos em que a decisão de migrar é tomada livremente pelo indivíduo, por razões de conveniência pessoal e sem a intervenção de um fator externo. Aplicam-se, portanto, a pessoas, e membros de sua família, que se mudam para outro país em busca de melhores condições sociais e materiais de vida para si e seus familiares. Essas pessoas podem ter um status de migração regular ou irregular, em função de sua entrada e permanência no país de residência, tenham ou não sido observados os requisitos legais previstos no país.



Já as migrações forçadas ocorrem quando o elemento volitivo do deslocamento é inexistente ou minimizado e abrangem uma vasta gama de situações.



Assim sendo, o migrante forçado ou refugiado, terá sua definição consagrada em importantes Tratados Internacionais, tais como, a Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951, o Protocolo de Relativo ao Estatuto dos Refugiados 1967, Convenção da antiga Unidade Africana de 1969, Declaração de Cartagena 1984 e leis internas de países asilos, i.e Brasil (Lei 9.474/97); todos com arcabouço jurídico na Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948. Cada ordenamento amplia o conceito e condição de refúgio de acordo com a realidade ao qual está sujeito.



Para tanto, os refugiados, em entendimento Lato Senso, são as pessoas que tiveram ou que devam deixar seus países de origem em razão de fundado temor de perseguição, em função de sua raça, religião, nacionalidade, opinião política, pertencimento a um grupo social ou sofram graves ameaças contra seus direitos humanos.



O portal do ACNUR (Organização das Nações Unidas para Refugiados – UNHCR em inglês) (2011a) reconhece que,



eles (os refugiados) não possuem proteção de seu próprio Estado e de fato muitas vezes é seu próprio governo que ameaça persegui-los. Se outros países não os aceitarem em seus territórios, e não os auxiliarem, uma vez acolhidos, poderão estar condenando estas pessoas à morte ou a uma vida insuportável nas sombras, sem sustento e sem direitos.



Ao mesmo entendimento, encontra-se a figura dos migrantes econômicos. Estes que, diferentemente dos refugiados, recorrem a outros países em busca de melhores condições de vida cabendo-lhes o reconhecimento de simples migrantes (POOLE: 2007, p. 324). Cristina J. Gortázar Rotaeche (1997, p.163) sustenta que o refúgio econômico provocou o aparecimento do que se chama “abuso de asilo” despertando, nos países receptores, revolta e morosidade na análise dos pedidos autênticos de asilo. Estas pessoas invocam direitos de refugiados, sem mesmo terem conhecimento da matéria, utilizando de falsos motivos para que sejam tratados pela via do direito de asilo.



O enquadramento dos migrantes faz-se imprescindível de modo que possam contar com a proteção e formas de tratamento adequadas por parte de seus países de origem e abrigo e, aqueles que não puderem recorrer aos institutos de proteção, tenham seus direitos resguardados no retorno. Desta feita, verifica-se a necessidade em se criar formas de aprimoramento para a proteção internacional de todos sem que prejudiquem a efetividade das regras existentes.



Tal pensamento acentua-se face às ocorrências que assombram os países fronteiriços das regiões em conflito, principalmente os Europeus – Itália e suas ilhas – por usufruírem condições econômicas “melhores” do que os Estados africanos.



Situação do Fluxo Migratório.



O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenbergera, em um pronunciamento em Genebra (VEJA: 2011a), manifestou preocupação ao informar que a organização está preparada para o pior na Líbia e a ONU, juntamente ao ACNUR, calcula que mais de 320 mil pessoas já deixaram a Líbia, sendo 165 mil pessoas fugidas para a Tunísia, quase 140 mil para o Egito, mais de 9 mil para a Argélia e cerca de 6 mil à miserável Níger (ACNUR: 2011b) números estes que só tendem a aumentar com a continuidade dos ataques contra civís.



A Itália e países do Mediterrâneo elencam o rol de destino dos refugiados, estes que adentram o continente europeu por suas ilhas, entre elas Lampedusa. Para o ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, teme-se que uma eventual queda do regime líbio cause uma onda migratória de até 300 mil pessoas para Europa (IG São Paulo: 2011).



A existência de um intenso fluxo migratório, gerado pelo temor de guerra civil na Líbia e outras regiões conflituosas, é internacionalmente reconhecido, neste contexto a hipótese do mesmo servir de oportunidade para que os migrantes (econômicos ou ilegais) consigam chegar à Europa, definitivamente, é um dos detalhes a ser observado.



Assim sendo, a questão que se aponta hodiernamente é se de fato os grupos recorrem às nações européias apenas como refúgio ou aproveitam da situação para enfim atingirem seus objetivos de fixar residência e lutar por melhores condições financeiras?



A Tunísia, por mais que possua sua situação regularizada, ainda sente os efeitos do conflito recebendo e enviando seus povos. Em um último dado sobre a situação, mais de 15.000 migrantes tunisianos desembarcaram em Lampedusa, desde meados de Janeiro, e dois terços deste número foram transferidos para outras regiões da Itália (UNHRC: 2011).



Em nota recente divulgada pela UNICRIO.org (2011), a porta voz do ACNUR, Melissa Fleming, afirmou que:



a saída de pessoas da Tunísia não está relacionada com a situação em curso na Líbia. Através do contato que a equipe do ACNUR na Itália tem tido com os tunisianos recém-chegados, acredita-se que a maioria deles está em busca de emprego e melhores oportunidades econômicas, e não em busca de proteção internacional.



França, Alemanha, Itália, Grécia e suas respectivas ilhas são os que mais temem a situação atual dos refugiados, pois antes da revolta, os migrantes ilegais – grupo que se enquadra na espécie de migrações voluntárias – utilizavam seus vizinhos africanos como rota para alcançar o continente europeu e os países citados, tendo a Líbia o principal meio de acesso[1].



Rosita Milesi destaca em seu livro que, a própria Itália, país com histórico de emigração, já decidiu, no ano de 2002, deportar todos os imigrantes ilegais, sem antes notificá-los, e ao mesmo tempo cortar ajudas financeiras aos países que não controlassem o fluxo migratório para o país (MILESI: 2003, p.204). Agora que as relações entre as nações encontram-se em completa vulnerabilidade, a União Européia trabalha meios de amenizar conseqüências que possam surgir caso os laços diplomáticos entre os países sejam rompidos (PORTAL IG: 2011) e a Itália é um dos mais interessados.



Há tempos o acolhimento de povos de outras etnias sempre foi uma questão delicada, principalmente para os europeus, famosos receptores de refugiados, mas também célebres por suas políticas xenófobas. Neste viés, são os africanos, estatisticamente, os de maior número ao arriscarem suas vidas a fim de fugirem da miséria, secas, conflitos tribais e civis em suas terras de origem (VEJA: 2011a).



A situação financeira dos europeus já não é a mesma devido à crise econômica que assombra o continente. Os altos índices de desempregos e os riscos de moratórias fizeram com que estes países aumentassem o controle contra os migrantes ilegais intensificando o desinteresse em abrigá-los. Tão logo, por mais que haja maior segurança e apoio de Organismos Internacionais, leiam-se ONU e ACNUR, o modo como os europeus encaram a entrada destas populações torna-se mais uma preocupação nas agendas internacionais.



A União Européia, desde 2009, fomenta iniciativas que visem uma maior cooperação entre os Estados ao receber pessoas advindas de países em crise. Os próprios ministros do interior da União Européia propuseram um programa comum de acolhimento em que, para cada pessoa aceita, o país receberia 4 mil euros do Fundo Europeu de Refugiados (DW-WORLD.de: 2011). Entretanto, tal plano por mais que acordado por todos ainda sim sofreu severas críticas por um grupo de Estados que temem serem forçados a receber refugiados e, em caso de recusa, devam justificar o porquê, fato este que desencadearia indisposições diplomáticas.



Sendo assim, constata-se que a discussão deve ser tanto quanto polida em matéria de relações internacionais e direito humanitário, pois ainda que países não estejam obrigados a receberem os refugiados, os mesmos realizam-no de modo a manterem suas imagens de países solidários à ótica mundial. Todavia, não há qualquer política interna que garanta o mesmo tratamento por parte dos nativos dos Estados asilos suscitando o agravamento da relação xenófoba.



Conclusão



Neste passo, analisa-se que os pontos importantes no controle de entrada, manutenção e retorno dos migrantes originários de países em conflito do norte, nordeste e península arábica tornar-se-ão pautas reais nos diálogos internacionais. A própria ONU, principal órgão envolvido na questão, já atenta a temática cautelosamente.



Como proposta, sugere-se a criação de uma comissão especial para lidar com a posição dos migrantes de países árabes em conflito. A triagem dos povos deve ser revista, pois agora não se trata apenas de refugiados em seu sentido stricto sensu, mas de uma massa populacional que pode ou não aproveitar de lacunas do direito internacional para adentrarem nações européias em busca de melhores oportunidades sejam estas econômicas ou sociais.



Por outro lado, faz-se imprescindível que as populações nativas, dos países asilos, conscientizem quanto ao papel a ser desempenhado para o sucesso desta missão de segurança e repatriamento dos migrantes. Ainda que haja a possibilidade dos mesmos usufruírem dos benefícios dos verdadeiros refugiados, conforme os ensinamentos do ACNUR (2011c), “a integração local é um processo complexo e gradual que compreende dimensões jurídicas, econômicas, sociais e culturais distintas, mas relacionadas entre si, e que impõe demandas consideráveis tanto do indivíduo quanto da sociedade que o recebe.”



Não obstante, ao contar com a colaboração dos demais países Europeus, distantes do conflito, mas solidários aos seus Estados irmãos, o processo promoverá conseqüências benéficas e duradouras a todos, além de servir como experiência para novos fluxos migratórios com definição legal limitada, mas iminente e imediato, como a situação dos refugiados ambientais, à luz do Direito Internacional.



José Carlos Carvalho Filho é advogado e pesquisar de temática internacionais, filiado à Universidade Católica de Santos

Rede Bahia e Fieb lançam 2ª edição do Agenda Bahia

Os gargalos do sistema viários de Salvador, bem como as inovações na área de sustentabilidade, a industrialização nos agronegócios e os preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Esses são alguns dos temas que serão discutidos no Agenda Bahia II. A segunda edição do evento foi confirmada ontem à tarde, durante reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).


No encontro, o presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, o sócio administrador, Luís Eduardo Magalhães Filho, e o presidente da Fieb, José de Freitas Mascarenhas, assinaram o contrato de parceria para a realização do evento, que acontecerá no segundo semestre deste ano.




Em 2011, a ideia é ampliar a participação popular na discussão de temas ligados a sustentabilidade, turismo, agronegócios e infraestrutura.



“Vamos dar início ao capítulo dois, com um calendário mais folgado, sem a pressão das eleições, como em 2010, e com a experiência do último ano. Não tenho dúvida que será um sucesso”, comentou o presidente da Rede Bahia.



Durante a reunião para definir os assuntos do Agenda Bahia II, Antônio Carlos Júnior mostrou preocupação diante dos problemas de mobilidade urbana em Salvador. “Temos um sistema viário ultrapassado e incapaz de atender a demanda”, pontuou.



O assunto vai entrar em debate na discussão sobre infraestrutura, que vai contemplar ainda os investimentos para a Copa do Mundo de 2014, incluindo aí as obras para ampliação do aeroporto da capital baiana.



O presidente da Fieb, José de Freitas Mascarenhas, acredita que o evento conseguirá manter os assuntos na pauta de discussão da população baiana. “Precisamos repercutir mais essas questões junto à população. Temos que aproveitar o gancho da Copa do Mundo e fazer com que esses investimentos fiquem para o futuro”.



O superintendente da Rede Bahia, Dante Iacovone, aproveitou a oportunidade para entregar ao presidente da Fieb o documento com o resultado dos debates do Agenda Bahia I, realizado no ano passado. “Esperamos que o evento tenha contribuído de forma positiva para o desenvolvimento da Bahia”, afirmou.



Sócio administrador da Rede, Luís Eduardo Magalhães Filho falou da satisfação da empresa em realizar uma ação como esta. “Isto faz parte de uma das responsabilidades sociais da Rede, que é pensar a Bahia do futuro. Esperamos que os assuntos que serão debatidos tenham um horizonte que vá além da Copa. Queremos disseminar essas ideias para poder construir um estado melhor para todos nós até 2020”.



Assim como ocorreu em 2010, o Agenda Bahia II visa debater o futuro da Bahia diante das oportunidades que as vocações naturais e econômicas do estado oferecem. Serão quatro dias de palestras e debates, sempre reunindo especialistas, representantes de governos, acadêmicos e empresários. Haverá dois encontros em agosto e dois em setembro, em datas ainda a serem definidas, sempre no auditório da Fieb.

Exemplos opostos no descarte do lixo mostram que consciência é o primeiro passo

Em Salvador, a consciência - ao contrário do que muitos imaginam - não está diretamente relacionada ao poder aquisitivo


Na batalha para extinguir o mau hábito de jogar lixo na rua, é preciso estar atento para não seguir exemplos que prejudicam não só a saúde da própria população como a estética da cidade. E a consciência - ao contrário do que muitos imaginam - não está diretamente relacionada ao poder aquisitivo.


Na rua do Jaracatiá, no Caminho das Árvores, bairro de classe média alta, um acúmulo de lixo tem incomodado moradores e pedestres que passam pelo passeio.


Na Caixa D’Água, moradores compraram câmeras e aproveitam para monitorar o lixo

Enquanto isso, no Caminho das Árvores, moradores de prédio de luxo jogam o lixo na rua

Na manhã de ontem, o CORREIO esteve no local e encontrou caixas de madeira, um colchão velho e lixo comum deixados em uma parte da rua que fica atrás da Subprefeitura do bairro. “Os moradores vêm e jogam o lixo. Geralmente, a prefeitura retira pela manhã, mas tem vezes que leva até uma semana para retirarem”, conta um segurança da região que pede para não ser identificado.

Ainda de acordo com ele, são os próprios moradores do entorno que depositam o lixo no local. “Acontece com frequência. Os moradores fazem limpeza no prédio e jogam aí na rua, esperando que a prefeitura retire. A prefeitura tem que colocar uma placa e fazer todo dia uma fiscalização”, acrescenta.

Praça

Além da rua Jaracatiá, o lixo fica próximo também da praça São Vicente. “O pessoal é mal-educado e joga o lixo no chão. Infelizmente, quando um começa, os outros seguem o mau exemplo”, reclama Valdetrudes Barbosa, 48 anos, dono de uma banca de revistas localizada na praça.

Enquanto varre o passeio em frente à banca, seu Dedé, como é conhecido, diz ainda que até a praça costuma sofrer. “Tem dias que fica completamente suja. Até restos de comida eles jogam no chão. A praça fica abandonada e a prefeitura tinha que fiscalizar mesmo. Já as pessoas têm que ter mais educação. O povo não respeita”, complementa. De acordo com a Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), a coleta de lixo no bairro é feita sempre às segundas, quartas e sextas-feiras.


BBB lixo

Enquanto alguns moradores de bairros nobres transformam ruas em depósitos de lixo a céu aberto, o bom exemplo vem de áreas onde o sistema de coleta de lixo é menos eficiente.

No Loteamento Joana D'Arc, na rua Manoel Mário de Lima, na Caixa D'Água, a vizinhança recolhe lixo e capina os jardins. Dos 330 moradores, 230 contribuíram para comprar um computador e oito câmeras de segurança, distribuídas ao longo dos 3 quilômetros da via. A ideia inicial era cuidar da segurança, mas a tecnologia serviu para melhorar a limpeza do local.

Eles ainda pagam vigilantes - um durante o dia e quatro à noite -, e compraram rádio- comunicadores. O material começou a ser adquirido há três anos e já foram investidos cerca de R$ 10 mil. “Cada um dá a quantia que pode. É tudo iniciativa da comunidade. Fomos comprando aos poucos”, disse o comerciante Osmar de Souza, 50 anos.

Da venda do comerciante, onde fica o computador, ele monitora as imagens e aciona um vigilante quando alguém joga lixo no chão. “Quando vemos, falamos pelo rádio e tiramos na hora. A população não pode esperar o poder público, temos que fazer nossa parte”, argumentou. Às 19 horas, quando o caminhão da Limpurb passa, os moradores são orientados a colocar o lixo na frente das casas.

Na Rua José Mariz Pinto, na Baixa de Quintas, a associação de moradores desembolsou no mês passado R$ 320 para limpar a via. Segundo o presidente da entidade, o funcionário público Jorge Ubirajara Lopes, 49 anos, o funcionário da Limpurb tirou férias e não foi substituído. “Pagamos R$ 80 por semana para um rapaz. É um absurdo que a população faça o traballho dos governantes”, reclamou. A associação também limpa a praça esportiva, que tem um quiosque e um campo de terra. “A prefeitura vem um dia sim e outro não e só limpa o asfalto”.

Desorganização afeta coleta

O descarte de lixo de forma desorganizada acaba gerando um efeito dominó. Essa é a opinião de Ângelo Castro, gerente operacional da Revita Engenharia, uma das concessionárias da Limpurb.



Responsável por coordenar a coleta de lixo em pelo menos dez pontos de Salvador, ele destaca que a desorganização é o principal problema enfrentado pelos funcionários da empresa que mensalmente retiram das ruas 46 mil toneladas de sujeira. “Obedecendo um roteiro, o caminhão passa às 9h e faz a coleta da rua. Se 20 minutos depois alguém joga entulho em outro ponto, outra pessoa vai e joga ali mais lixo”, explica.

O vandalismo é outro problema. Vários equipamentos instalados para limpeza urbana são destruídos diariamente (lixeiras e caixas). Pode não parecer, mas a falta de vagas para estacionamento é mais um empecilho. “As ruas são usadas como estacionamento, impedindo o acesso dos caminhões. Isso é muito comum no Imbuí, no Rio Vermelho e no Caminho das Árvores”.

Os estabelecimentos comerciais são também vilões dessa história suja. “Os donos de restaurantes e bares deixam os resíduos à mostra nas calçadas”, aponta. Castro lamenta ainda ação dos catadores informais, que acabam espalhando o lixo quando vasculham as lixeiras.

O gerente da Revita destacou que, por conta da quantidade de lixo despejada nas ruas, em alguns locais a coleta é realizada até três vezes no mesmo dia durante a semana. De acordo com um levantamento realizado no ano passado pela empresa de consultoria Price Waterhouse Coopers, enquanto em São Paulo e Rio de Janeiro 90% da coleta é feita em dias alternados e apenas 10% tem coleta diária, em Salvador, 64% do lixo é coletado todos os dias.


No Calabar, lixo fica entre escola e posto de saúde

Nem a presença de secretários do Estado fez com que o monte de lixo que fica em frente à Escola Aberta do Calabar fosse retirado do local ontem. Na mesma área, fica o posto de saúde que serve à comunidade.

Problema ficou visível após ocupação policial permanente no bairro

Desde terça-feira passada, quando as polícias Civil e Militar iniciaram a ocupação do Calabar para a implantação de uma Base Comunitária de Segurança, a mudança do local de depósito de lixo é uma reivindicação dos moradores. Na visita de ontem, os secretários conversaram com líderes comunitários e viram de perto os principais problemas do bairro, para desenvolver ações específicas através de suas pastas.

“O Calabar é um lugar sagrado, descende de um quilombo. Queremos dar início aos serviços de cidadania”, disse o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Almiro Sena. Além dele, foram até o bairro os secretários Carlos Brasileiro, de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, e Vanda Sá, de Promoção da Igualdade. Raimundo Nonato Tavares, o Bobô, titular da Superintendência de Desportos do Estado (Sudesb), também esteve presente no encontro, junto com representantes das secretarias da Educação, Saúde e Cultura

Buraco na camada de ozônio atinge nível recorde no Ártico

O buraco na camada de ozônio acima do Ártico chegou a nível recorde segundo informações da Organização Meteorológica Mundial divulgadas nesta terça-feira (5). A diminuição na camada acima da área chegou a 40% durante o inverno no hemisfério norte. O recorde anterior era de 30%.




Para a OMM, substâncias que destroem a camada de ozônio continuam a ser emitidas como o clorofluorcarbonetos (CFCs) - lançados na atmosfesta por extintores de incêndio, sprays e refrigeradores. Apesar de recorde, o número já era esperado pelos especialistas do órgão ligado às Nações Unidas (ONU).



A perda de ozônio na atmosfera também acontece sobre a região da Antártida. Mas segundo a OMM, os danos na região polar do hemisfério sul estão diminuindo com o tempo, com a recuperação da camada no local.



Proteção

A camada protege a superfície terrestre da exposição exagerada a raios ultravioletas, que podem causar câncer na pele, cataratas nos olhos e comprometer o sistema de defesa do corpo de humanos. Os danos também atingem outros animais e plantações.



A medição foi feita durante o inverno no hemisfério norte, que terminou durante o mês de março. Segundo a OMM, o frio excessivo na estratosfera - região onde fica a camada de ozônio - pode ser uma das causas para a diminuição recorde.



Quando a temperatura nesta parte da atmosfera - entre 10 a 50 quilômetros de altitude, acima da maior montanha da Terra, o Everest, com 8.849 metros de altura - fica abaixo de 78 graus Celsius negativos, o efeito nocivo na camada de ozônio acontece, já que nuvens se formam nas regiões polares e reagem com a camada.



O Protocolo de Montreal, estabelecido há 31 anos, havia combatido o uso de substâncias emissoras de CFCs, mas, para o braço meteorológico da ONU, a causa para a perda de ozônio ainda está ligada a atividades humanas que destroem a camada. O objetivo final do acordo é que os níveis de destruição da camada sejam menores do que eram em 1980

Japão se desculpa por não avisar países sobre vazamento radioativo

O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, pediu desculpas nesta quarta-feira (6) aos países vizinhos do Japão por não notificar com antecedência sobre o vazamento de água radioativa ao Oceano Pacífico iniciado na segunda-feira (4) na usina nuclear de Fukushima, seriamente afetada pelos desastres naturais do dia 11 de março.




As declarações de Edano ocorrem pouco depois do governos sul-coreano ter demonstrado descontentamento pelo lançamento de água de baixa radiação ao mar para permitir o armazenamento de líquido com mais radiação procedente dos reatores de Fukushima Daiichi.



Na terça-feira (5), um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano disse que “eventos que causam ansiedade entre países vizinhos devem ser notificados anteriormente”.



Seul chegou a afirmar que a liberação de água radioativa ao mar por parte da Tokyo Electric Power Compan (Tepco), a operadora da central atômica, “poderia representar um problema com relação às leis internacionais”, algo que o Ministério das Relações Exteriores japonês negou.



Edano disse nesta quarta que a liberação de 11.500 toneladas de água com baixa radioatividade (cerca de 100 vezes acima dos limites legais) é necessária para seguir armazenando líquido com maior concentração de radiação e retomar as tarefas de resfriamento dos reatores mais afetados.



O porta-voz do governo japonês também afirmou que o vazamento de água radioativa ao mar perto de Fukushima Daiichi, através de uma rachadura em um poço, foi controlado graças à injeção de silicato de sódio.



No entanto, Edano pediu cautela, já que ainda deve ser confirmado se não há outros focos de vazamento. O porta-voz disse que o governo japonês trabalhará para explicar aos pescadores da região os problemas causados pela contaminação das águas próximas à central nuclear com materiais radioativos como o iodo e o césio.



Segundo a televisão pública “NHK”, a maior parte das cooperativas de pescadores da vizinha província de Ibaraki deixou de trabalhar voluntariamente, após serem detectados níveis de césio superiores ao permitido em um peixe similar à enguia.

Petrobras nega riscos de vazamento na costa da Nova Zelândia

m nota divulgada ontem (5) à noite, a Petrobras esclarece que a atividade de levantamento sísmico na Nova Zelândia não envolve a perfuração de poços e não há assim riscos de vazamento. A nota foi divulgada em resposta aos protestos do Greenpeace contra a atividade da companhia no mar da Nova Zelândia (Oceania). A empresa brasileira explica que, neste momento, está fazendo levantamento sísmico e geológico para avaliar o potencial de reserva de gás e petróleo na Bacia de Raukumara, na costa leste da Ilha do Norte.




De acordo com a Petrobras, “o estudo sísmico é uma operação segura e simples, que consiste no levantamento de informações geológicas por meio da captação de sinais sonoros. Esse trabalho de pesquisa está em conformidade com todos os princípios de segurança, meio ambiente e saúde, atende à legislação internacional e às leis da Nova Zelândia”.



Ainda conforme a nota, a empresa “está comprometida em desenvolver ações de forma segura e integrada, valorizando as diversidades humanas e culturais e promovendo a cidadania e o respeito pelos direitos humanos em todos os países onde atua”.



O trabalho de levantamento foi licitado pelo governo neozelandês em janeiro do ano passado, quando a Petrobras adquiriu os direitos de um bloco da Bacia de Raukumara. Após o levantamento sísmico, a empresa avaliará se continua com o projeto e realiza pesquisa mais elaborada (estudos sísmicos em 3D) ou se declina da concessão para explorar a área.



Conforme notícia divulgada ontem (5) pela BBC Brasil - e reproduzida pela Agência Brasil - uma frota de cerca de 20 barcos protesta há mais de uma semana no Nordeste da costa da Nova Zelândia contra os trabalhos da Petrobras. Os ativistas e também aborígenes da região alertam para potenciais perigos de vazamentos e contaminação ambiental.

Setor de Turismo mobiliza-se para o PPA

A participação do setor turístico no Plano Plurianual (PPA), que está sendo conduzido pela Secretaria de Planejamento do Estado, foi discutida durante o Fórum Estadual de Turismo, realizado no último dia 1º. O objetivo é intensificar a mobilização para que o turismo tenha maior presença nas ações, projetos e no orçamento definido pelo Estado, nos próximos quatro anos.




Entre as prioridades para o turismo no PPA, estão: a qualificação profissional e empresarial, o desenvolvimento de novos segmentos, o fortalecimento da cadeira produtiva e o turismo náutico, que recentemente obteve um benefício para o seu desenvolvimento, com o decreto que estabelece descontos e até a isenção total do ICMS na produção de embarcações de recreio ou esporte na Bahia.


Nesse encontro, as lideranças do turismo tiveram a oportunidade de conhecer a importância de uma maior presença do setor nos momentos de definição das prioridades estratégicas do Estado, o que, em suma, significa um maior orçamento e mais recursos para o turismo

Governo e empreiteiras monitoram construção da Ferrovia




O processo de construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) segue o cronograma previsto, com as obras iniciadas nos quatro primeiros lotes entre os municípios de Ilhéus e Caetité. O andamento dos trabalhos foi avaliado durante encontro realizado na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).



No lote 1, próximo a Barra do Rocha, foi iniciada a terraplanagem. Nos lotes 2 e 3 estão sendo implantados os canteiros e, no 4, começou a produção de aduelas e premoldados. Segundo o presidente da Valec, José Francisco Neves, a obra atingirá o auge em agosto, quando 17 mil pessoas deverão estar trabalhando nos canteiros, e outras 50 mil em atividades indiretas.

Durante o encontro ocorrido na segunda-feira, 4, foi definido que o Governo do Estado desenvolverá ações para apoiar a execução do projeto como a realização de cursos de capacitação, por meio do Sistema de Intermediação para o Trabalho (SineBahia).

Na reunião também foram discutidas questões ligadas a licenças ambientais e processos de desapropriação.



Requalificação da Estação da Lapa será debatida hoje no MP/BA


Redação CORREIO




Será apresentada às 9h desta quarta-feira (6), na sede do Ministério Público da Bahia, pela Fundação Mário Leal Ferreira um projeto de requalificação da Estação de Transbordo da Lapa. Sob a presidência do promotor de Justiça da Cidadania César Correia, a reunião terá a presença de representantes de vários órgãos ligados ao sistema de transporte.



Segundo César Correia, que desde 2006 vem se dedicando a estudos na área, sua preocupação é com a segurança das 460 mil pessoas que transitam diariamente pela estação, e com o equipamento como um todo, que necessita da realização de obras de recuperação.



Correia ainda informou que pelo menos R$ 26,4 milhões já estariam alocados via PAC2. Para a audiência foram convidados representantes de órgãos como a Sucop, Setin, Sedur, Sedham, SETPS, Conder, Crea, Sucom, Transalvador e Sesp, entre outros

Arena da Fonte Nova e metrô são vistoriados por técnicos em






As primeiras vistorias das obras da Arena da Fonte Nova e do metrô de Salvador aconteceram na manhã desta terça-feira, 5, com o objetivo de comparar seu estágio atual com o cronograma oficial da Copa 2014.



O chefe de gabinete do Crea-Ba, Giesi Nascimento, que participou da ação, comenta que as informações repassadas sobre o metrô ainda não são conclusivas. “Visitamos todas as estações, que estão sendo finalizadas. A notícia que temos é que os 6 km serão inaugurados no meio do ano, entre junho e julho”.

Na Arena da Fonte Nova foi visitado o canteiro de obras que, de acordo com o representante do Crea, está em fase de fundação. “Disseram que 80% das obras serão em pré-moldados, o que tende a torná-la rápida e racional. Se isto acontecer, terá condição de estar pronta em 2012”, afirma.

A vistoria foi realizada por 38 técnicos, que se dividiram em duas equipes – 16 na Fonte Nova e 22 no metrô. Os profissionais são de órgãos como Sucom, Ibama, Escola Politécnica da UFBA, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Siduscon, Ipac, Crea-Ba, entre outros.

O relatório sobre o atual estágio será divulgado no dia 12, próxima terça-feira, no seminário “Acompanhamento das Ações para a Realização da Copa 2014″.

Gente & Mercado

Estude na Nova Zelândia

New Zealand Development Scholarships Aberto para estudantes a partir de Bolívia, Equador, Honduras, Quênia, Mongólia, Nepal, Nicarágua, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia, China, Argentina, Brasil, Chile, El Salvador, Guatemala, Timor Leste, Paraguai, Peru e Uruguai , na Nova Zelândia



Estudo Assunto: vários

Empregador: Serviços Nova Zelândia Alto Comissariado ou Gestão

Nível: Diploma, Mestrado, Doutorado

Descrição de Bolsas: Bolsas de Nova Zelândia Desenvolvimento (NZDS) oferecem a oportunidade para que indivíduos de países em desenvolvimento orientada para realização de estudos em instituições de ensino superior na Nova Zelândia. O objetivo das bolsas é para os candidatos a adquirir conhecimentos e habilidades em áreas específicas que auxiliarão no desenvolvimento de seu país de origem, contribuindo para o desenvolvimento dos recursos identificados humanos (DRH) das necessidades de formação. Os premiados são obrigados a regressar ao seu país de origem por pelo menos dois anos após a conclusão da sua bolsa de estudos para aplicar essas novas habilidades e conhecimentos no governo, sociedade civil e as organizações empresariais privadas.

O regime é financiado por NZDS Oficial do Governo da Nova Zelândia para o Desenvolvimento (AOD) do programa. A Nova Zelândia Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comércio (MFAT), entrega o regime, através da Nova Zelândia Apoio Programático.


Um novo regime de bolsas para os candidatos do Pacífico estarão disponíveis até o final de abril de 2011. Até então, os candidatos interessados ​​devem contactar o Alto Comissariado da Nova Zelândia ou gestão de serviços Contratado no seu país se desejarem concorrer a uma bolsa para estudar na Nova Zelândia.


Elegibilidade: Os candidatos devem consultar com um NZDS a instituição credenciada ou Embaixada da Nova Zelândia em seu país para obter mais informações sobre os critérios de elegibilidade.


Bolsa Prazo de Inscrição: Vários

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Consultora em educação internacional
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Estudo Assunto: váriosEmpregador: Serviços Nova Zelândia Alto Comissariado ou GestãoNível: Diploma, Mestrado, DoutoradoDescrição de Bolsas: Bolsas de Nova Zelândia Desenvolvimento (NZDS) oferecem a oportunidade para que indivíduos de países em desenvolvimento orientada para realização de estudos em instituições de ensino superior na Nova Zelândia. O objetivo das bolsas é para os candidatos a adquirir conhecimentos e habilidades em áreas específicas que auxiliarão no desenvolvimento de seu país de origem, contribuindo para o desenvolvimento dos recursos identificados humanos (DRH) das necessidades de formação. Os premiados são obrigados a regressar ao seu país de origem por pelo menos dois anos após a conclusão da sua bolsa de estudos para aplicar essas novas habilidades e conhecimentos no governo, sociedade civil e as organizações empresariais privadas.O regime é financiado por NZDS Oficial do Governo da Nova Zelândia para o Desenvolvimento (AOD) do programa. A Nova Zelândia Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comércio (MFAT), entrega o regime, através da Nova Zelândia Apoio Programático. Um novo regime de bolsas para os candidatos do Pacífico estarão disponíveis até o final de abril de 2011. Até então, os candidatos interessados ​​devem contactar o Alto Comissariado da Nova Zelândia ou gestão de serviços Contratado no seu país se desejarem concorrer a uma bolsa para estudar na Nova Zelândia.Elegibilidade: Os candidatos devem consultar com um NZDS a instituição credenciada ou Embaixada da Nova Zelândia em seu país para obter mais informações sobre os critérios de elegibilidade.
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O euro, o panzer e o plágio: três tempos de um Siegfried lamentado, por Felipe Kern Moreira

O último carnaval alemão não fugiu à regra das paródias debochadas com os políticos. Pelas ruas da cidade de Colônia – talvez a cidade mais carnavalesca da Alemanha – o ex-ministro da defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, era um dos ‘homenageados’ nos carros alegóricos. Num desses, ostentara-se uma imensa e caricata escultura de Guttenberg abalroando o gabinete da Chanceler com um avião de guerra típico da primeira guerra mundial. Hilário, claro, para os padrões germânicos, que se contentam em assistir ao desfile, ordeiramente, jogando guloseimas e gritando “Heláu”. Nada engracado, contudo, sob a ótica do escândalo político a que faz referência a alegoria carnavalesca.




Karl-Thoeodor zu Guttenberg, da Partido Social Cristão (CSU), teve uma ascenção meteórica no cenário político alemão. Durante o ápice das consequências da crise financeira na Europa, na segunda metade de 2008, o então Vice-Chanceler e Ministro de Assuntos Exteriores Frank Walter Steinmeier (CSU), experiente político que fora inclusive chefe do gabinete de Gehard Schröder, passou, gradualmente, a distanciar-se da chanceler Angela Merkel, do Partido Democrata Cristão (CDU), em termos de propostas para lidar com o abalo financeiro europeu. O mesmo aconteceu com seu colega Ministro das finanças (a Alemanha possui 14 Ministérios dentre os quais um de Finanças e um de Economia e Tecnologia) Peer Steinbrück, do SPD, o Partido Social Democrata, com o qual comungava com o conjunto de medidas que renunciava ajuda financeira aos bancos. Os dois ministros precisavam decidir acerca das respostas do gigante financeiro que é a Alemanha a fim de atenuar o rastro destrutivo das desventuras dos subprime sem melindrar a social democracia germânica.



Questões como a salvatagem das instituições financeiras, aporte aos países europeus vulneráveis e medidas quanto às imensas perdas de investidores alemães clivaram o gabinete da Chanceler. Steinmeier simplesmente manteve a ortodoxia da social democracia alemã: os contribuintes não deveriam arcar com os custos causados pelos aloprados do mercado financeiro do além mar. Mas naqueles tempos sombrios de 2009 as propostas de dividir os custos da crise financeira com os bancos e criar um imposto global para o mercado financeiro soaram ousadas demais. A propósito, a proposta de imposto global foi levada ao encontro do G-20, em outubro de 2009 em Pittsburgh, fato que, ao que parece, não convém ser lembrado.



O momento político era crítico já que, além da crise financeira internacional, Merkel enfrentaria, dentro em breve, as eleições para o Parlamento. Mas, ainda antes destas, Steinmeier renunciou ao cargo de Vice-Chanceler e Ministro e, em setembro de 2009, mudou de partido e concorreu a Primeiro Ministro pelo SPD. No Bundestag, ainda hoje, é líder da oposição. Foi neste ritmo que Guttenberg assume o Ministério da Economia, de forma a tanto refirmar a aliança CDU/CSU como a saber ponderar acerca dos interesses em jogo no panorama financeiro europeu.



As últimas eleições para primeiro-ministro acenaram para mudanças significativas no panorama político partidário alemão. A aliança entre sociais democratas do CDU e do CSU haviam ficado abaladas com a ruptura de Steinmeier. A fim de conseguir reeleger Angela Merkel, o Partido Democrata Cristão (CDU) forma uma coalizão partidária inusitada, com os liberais do Partido Democrático Livre (FDP), numa colaboração que ficaria conhecida como coalizão preta e amarela.



A performance de Guttenberg na pasta da economia foi saudada como heroica. A mídia refletia o sentimento popular: o enaltecimento do passado aristocrático do jovem ministro, seu gênio e firmeza de convicções. Passou a ser um Siegfried pop – forte candidato à sucessão de Frau Merkel – embora a versão desta Cancão dos Nibelungos pósmoderna ainda fosse destoar. Prevalecera a percepção que Guttenberg tinha conseguido que a Alemanha sobrevivesse à crise de primeira ordem na agenda alemã: a financeira. E, então, surge a ideia de confiar-lhe a outra prioridade na lista. E, assim, Guttenberg tornou-se Ministro da Defesa da então recém reeleita Angela Merkel, encarregado de resolver a controvertida presenca das tropas alemãs no Afeganistão além de ter que lidar com um ponto sobre o qual FDP e CDU possuem distintas opiniões: a obrigatoriedade do serviço militar. CSU e CDU eram a favor de manter a obrigatoriedade e FDP lutava pela rápida mudança para um serviço voluntário. Por sinal, a pasta dos Assuntos Exteriores foi assumida pelo vice-Chanceler, Guido Westerwelle, líder dos novos aliados liberais (FDP).



No que diz respeito ao Afeganistão, os desafios a serem enfrentados pela Alemanha em termos de política de defesa são inúmeros. O compromisso alemão com Israel – e isto significa seguranca e viabilidade deste Estado – persevera como objetivo tópico na agenda de política externa alemã. E, para alguns analistas, a presença das tropas germânicas no Afeganistão possui relação com este compromisso político-histórico. Por outro lado, parcelas significativas de pacifistas alemães fazem campanha initerrupta para a saída dos soldados do conflito que, em tese, não diz respeito aos alemães. Estas manifestações podem ser vistas nas ruas, nas Universidades, e atingem em cheio facções políticas que se aproveitam de um momento de esvaziamento ideológico do cenário partidário alemão.



No país que é berçário de ideologias e partidarismos militantes foi possível a aliança entre sociais-democratas e liberais. A coalisão preto amarela aponta para rumos incertos da política externa alemã. Quer dizer, melhor seria avaliar que não aponta para lugar algum. Mas mais imprevisível ainda foi o que ocorreu com Guttenberg. O popular Ministro da Defesa foi denunciado por plágio, referente à sua tese de doutoramento defendida na Universidade de Bayreuth, a qual havia sido alçada ao elogio máximo da academia alemã: summa cum laude. O Ministro justificou-se inicialmente alegando um descuido advindo do excesso de trabalho já que a tese foi escrita nos sete anos ao longo dos quais atuava como deputado federal. Verdade é que, após a denúncia, adentrou num obsequioso silêncio sobre o assunto.



A Universidade de Bayreuth reconheceu o plágio e Guttenberg perdeu o título de doutor. No país reconhecido pela excelência de suas Universidades as investigações continuam; desta feita para aferir se o plágio foi intencional. E o Siegfried pop renunciou, num ambiente lúgubre de hesitação por parte do gabinete da Chanceler. Curiosamente, o ex-ministro parece não ter sua popularidade abalada. Nada que seja estranho no país que assiste aos atos públicos de nacional socialistas, de todas as idades, saudosistas do Fürher que lançou o país no abismo. A cerimônia de despedida foi comovente, Guttenberg detinha apoio de civis e militares e, impávido e controlado, despediu-se do governo ao som de sua música favorita, “Smoke on the Water” do Deep Purple, tocada pela banda marcial. Mais apropriado impossível: águas turbulentas essas, por sinal.



Guttenberg foi sucedido por Thomas de Maizière, do CDU, que, com a bola na área, terminou de fazer uma das reformas pretendidas pelo antecessor: o serviço militar deixou de ser obrigatório. Mas ainda persistem os principais desafios da política exterior: Afeganistão, União Europeia, a crise do Euro e energia, este último um Jano com uma face de gás russo e pipeline ucraniano e, outra, de continuidade de usinas termonucleares, cuja a gradual extirpação era uma bandeira social democrata que remonta ao apoio dos Verdes. E, acrescente-se a tudo isso, a abstenção alemã relativa à Resolução 1973 baseada na atual postura do status quo de não enviar tropas à Lybia, o que só agravaria as pressões quanto ao Afeganistão. Há quem entenda que era de se esperar mais de um membro da OTAN e candidato a um assento permanente no Conselho de Segurança – não obstante as abstenções de Brasil e Índia – pelo menos mais do que ajuda humanitária e bases para as tropas americanas. Por outro lado, os motivos que levaram à abstenção alemã também são de outra ordem dentre as quais se destaca a suposta falta de clareza das medidas de intervenção humanitária e as responsabilidades decorrentes deste apoio, na OTAN, por exemplo.



Os desafios internos pelos quais a política alemã passa podem ser reunidos sob a alcunha de esvaziamento ideológico que é a causa eficiente para dificuldade de coesão no que diz respeito a certas políticas públicas. A este respeito, os principais temas da agenda internacional das últimas semanas permitem a percepção dessas fragilidades: o vazamento nuclear em Fukushima e a intervenção na Líbia. Quanto à energia nuclear, a proposta de erradicação das usinas transformou-se em moratória e parte dos reatores antigos ainda não foram desativados. Por outro lado, os verdes ganharam as eleições parlamentares no estado de Baden-Württenberg, potência tecnológico-industrial, o que mostra uma tendência política interna no sentido inverso. Apesar das propostas dos verdes para as fábricas automotivas de Hannover não ir muito além dos carros elétricos e de uma retórica ambientalista evasiva. Em relação à Líbia, Westervelle parece macular a altivez alemã na medida em que força a imagem pacifista da Alemanha tentando contrabalançá-la com a participação alemã no Afeganistão que em virtude de compromissos de campanha já estaria com os dias contados. O difícil é antecipar a conjuntura dos rumos políticos alemães neste período de acomodação de forças e baixa de um provável novo Chanceler.



O título deste ensaio faz referência ao memorável “A Metralhadora, o Tanque e a Ideia, do sociólogo francês Raymond Aron, escrito em meio a um conturbado 1961. As preocupações de Aron diziam respeito, principalmente, às relações civis militares e à questão nuclear. O cenário dos sessenta se foi e com ele parte da necessidade do recurso a este Aron. Parte, sublinhe-se. O irretocável impõe-se, ainda hoje: no passado, partidos e ideias, liberais e conservadores, podiam combater-se e reconciliar-se, confundir-se ou distinguir-se, raramente questionando ou colocando em perigo o tecido básico da sociedade. O mesmo não acontece hoje

Felipe Kern moreira é professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal de Roraima

Incêndio interrompe pousos e decolagens no Aeroporto de Salvador

O espaço aéreo de Salvador ficou fechado durante 38 minutos da madrugada desta terça-feira (5) por conta de um princípio de incêndio no Aeroporto da cidade. O acidente ocorreu em um depósito de suprimento localizado no prédio da central de controle.




Segundo a assessoria de comunicação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), as chamas foram provocadas por um curto circuito no ar condicionado do depósito. Por conta do incêndio, o prédio precisou ser evacuado.



Ainda de acordo com a assessoria, apesar de o espaço aéreo do Aeroporto ter ficado fechado entre 0h59 e 1h37 e os pousos e decolagens serem interrompidos, não foram registrados atrasos em voos. As chamas foram contidas por uma equipe do Corpo de Bombeiros

HAITI EM FOCO: HISTÓRIA E PERSPECTIVAS

No dia 10/03/2010, o IPS, através do Grupo REPI – Relações Políticas Internacionais, realizou o Seminário HAITI EM FOCO: HISTÓRIA E PERSPECTIVAS, voltado para seus sócios e demais interessados. O evento ocorreu na sede da UNIPESSOA no STIEP e contou com três grandes palestrantes: Dra. Juliette Robichez, professora de Direito internacional da FIB; Aloísio Fernandes, Capitão da Polícia Militar da Bahia e Fernando Pedrão, professor visitante da UFRB e Presidente do IPS.



A primeira palestra, a proferida pela Profª Juliette Robichez, tratou do direito internacional em geral; das normas que regem as relações entre países que formam blocos econômicos e das normas e princípios que regem a MINUSTAD – Missões das Nações Unidas.

A segunda foi a do Capitão Aloísio Fernandes, que tratou das questões políticas e operacionais da MINUSTAD – Missões das Nações Unidas em geral e especificamente, a missão atual no Haiti, comandada pelo Brasil.

Na terceira, a cargo do Prof. Pedrão, foram tratadas questões relativas às origens e especificidades do Haiti, ressaltando o fato desse país ser o primeiro a romper com o sistema colonialista francês e a fundar uma república independente, o que não foi suficiente para afastar do país a pobreza e o atraso. Comentou ainda o professor Pedrão o recente terremoto com seu número absurdo de vítimas, o que reflete a precariedade da infra-estrutura.


Antes do início dos debates foi apresentado pela Coordenação do Evento, com comentários da Profª Rafaela Ludolf, diretora de assuntos institucionais do IPS, um vídeo realizado por uma emissora de televisão mexicana, que mostra o terremoto recente e as perspectivas para a reconstrução do Haiti, com apoio internacional.


Aberto o debate, este contou com a intensa participação dos presentes e, apesar do horário avançado, foram levantadas questões polêmicas como a integração dos países latino-americanos e inevitavelmente, a natureza e os resultados da política externa brasileira, analisando-se o padrão de relacionamento com os demais países da América Latina.


Finalizando, o professor Pedrão declarou a sua satisfação com os resultados do evento em termos de número de participantes e do elevado nível dos assuntos tratados. Afirmou ainda que eventos como esse contribuem para tornar o IPS um centro de discussão de idéias e um espaço independente, a serviço do conhecimento científico.

Prêmio de Dean para indicação Bolsa Outstanding EUA na tecnologia de Michigan,

Michigan Tech - Houghton, MI anunciam Prêmio de Dean para o Bolsa Outstanding, EUA

Estudo Assunto: Cursos oferecidos pela Michigan Tech - Houghton, MI

Empregador: Michigan Tech - Houghton, MI

Nível: Pós-Graduação


Bolsa Descrição: Cada escola ou departamento acadêmico pode recomendar até 10% do seu total de matrículas de estudantes de pós-graduação em receber este prêmio a cada semestre do ano lectivo.

 Os nomes dos candidato (s) para este prêmio deve ser enviado ao reitor da Escola de Pós-Graduação, pelo menos, nove semanas antes da queda ou início da Primavera. Estudantes de graduação que durante o verão deve ser incluído com os candidatos queda.

Cada escola acadêmica e departamento poderá indicar os beneficiários com base em seus próprios critérios de seleção e processo. Os critérios de seleção incluem, mas não estão limitados a, o GPA, participação ou liderança dentro de sua escola ou departamento, Originalidade na investigação, documentos de conferências, trabalhos, apresentações e sessões de pôsteres, Publicações, tese ou dissertação de qualidade, o dinheiro Grant, trabalho em equipe, profissionalismo, Avaliações de alunos de ensino, ética de trabalho.

 Estes prémios serão entregues na cerimônia de premiação Graduate Student Governo que se realiza na Primavera. Certi? Cates de reconhecimento será enviado aos estudantes que já deixaram o campus. Os alunos recebem os prêmios também serão identificados? Ed pelo nome no início de programas adequados.


Elegibilidade: Os alunos são elegíveis se todos os critérios a seguir forem atendidas:

Deve ser um estudante de Michigan Tech.

Deve se formar durante o ano lectivo.

Deve ser indicado pela escola acadêmica do estudante ou do departamento.

Bolsa Prazo final para inscrição: Graduação em Enviar tese ou dissertação final o mais tardar até completar os requisitos de grau final Aplicar a andar no início, antes da Primavera de 2011, 29 de abril de 2011, May 6  2011,
 Feveriro 18, 2011
Summer 19 de agosto de 2011
August 26, 2011

Na cerimônia no verão, outono 2011January 2, 2012January 6, 2012September 30, 2011
Glauber Machado
Consultor em Educação Internacional
gm.consultoriainternacional@gmail.com



Adam Smith e Conferências Fellowship College em Economia Política, Reino Unido


Pembroke College anunciam Fellowship Adam Smith e Conferências College em Economia Política, Reino Unido

Estudo Assunto: Economia Política

Empregador: Pembroke College

Nível: Doutorado

Bolsa Descrição: Estão abertas candidaturas para o cargo de Professor da faculdade de Economia Política. A nomeação será de três anos a partir de 01 de outubro de 2011, com a possibilidade de recondução depois, e levará com ele uma bolsa Oficial, o candidato será conhecido como o Adam Smith Fellow. O candidato, que tem especialização em uma ou mais das áreas da economia urbana e regional, desenvolvimento econômico, economia do meio ambiente ou a economia da propriedade ou de planejamento, espera-se que ser ativo na pesquisa em seu campo escolhido, a estudos direta na Terra, Economia e fornecer uma média de oito horas de supervisão de graduação por semana no Livro I da Economia Land Tripos, "Economia", e na sua área de especialização para alunos de graduação leitura Land Economia e outras disciplinas, bem como para fornecer uma média de uma hora e meia por semana de palestras, aulas ou seminários no Departamento de Economia da Terra. Remuneração será de acordo com a escala de um professor universitário, atualmente entre £ 36,862 e £ 46,696, dependendo da idade e da experiência da pessoa nomeada; pode ser dada prioridade aos candidatos que recentemente ganhou um Ph.D. grau.

Os pedidos, que são devidos até 26 de Abril de 2011,
Bolsa Prazo de Inscrição: 26 de abril de 2011

Glauber Machado
Consultor em Educação internacional
gm.consultoriainternacional@gmail.com

ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA EM FOCO: As insurreições populares no mundo islâmico

No dia 11 de setembro de 2001, o impossível aconteceu. O ataque as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, se tornou uma verdadeira ruptura histórica. Naquele dia, os Estados Unidos foram surpreendidos em seu próprio solo e deixaram de ter o domínio do mundo. Durante 10 anos o governo americano e sua coalização ocidental contra o Terrorismo no Oriente médio. Países como Iraque, Afeganistão foram alvo da violência militar. O Paquistão para não sofrer retaliações cedeu suas bases, e veja onde Osama Bin Laden foi capturado e supostamente executado?

A situação de exclusão social e miséria que vive a população árabe ficam evidenciadas nos recentes acontecimentos de amplas mobilizações sociais, com o povo nas ruas exigindo o fim de governos ditatoriais, corruptos e aliados das potências imperialistas ocidentais. Os habitantes do Norte da África e Oriente Médio têm em comum as péssimas condições de vida e a atuação predatória das grandes multinacionais petrolíferas ocidentais.

Os muçulmanos sofreram com a perseguição e suportaram ditaduras e governo corrupto e 10 anos depois, a Primavera Árabe propagou uma outra imagem do povo muçulmano. A queda do presidente da Tunísia, Ben Ali, conquistada por uma grande manifestação popular pela democracia, desencadeou revoltas contra as ditaduras e regimes totalitários no Oriente Médio e Norte da África. 



Todo comportamento das nações ocidentais em relação aos países árabes tem por trás os interesses nas ricas reservas petrolíferas. Quando o ditador Zine el Abidine Bem Ali da Tunísia ordenou que abrisse fogo contra grupos de jovens que protestavam por democracia, matando dezenas e os constantes desrespeitos aos direitos humanos no país nunca sofreu quaisquer tipo de repreensão das nações ocidentais.


As alianças dos governos locais com as empresas multinacionais das nações desenvolvidas deixaram o povo esquecido, fato que resultou nas revoltas populares em todo mundo árabe.

A partir daí registrou-se protestos em Argel capital da Argélia, no Marrocos o Rei impediu o aumento dos preços alimentícios e bens essenciais temendo as manifestações, mas não está adiantando, as manifestações estão acontecendo, principalmente pela internet. Protestos estão ocorrendo, também, na Síria, Arábia Saudita, Iêmen, Omã e Jordânia. Todos eles governos ditatoriais.

VISÃO PANORÂMICA DOS CONFLITOS


BAHREIN

O rei Hamad pediu a seu filho mais velho, o príncipe regente Salman, que dê início a um "diálogo nacional" para pôr fim à revolta.

MARROCOS

O principal grupo de oposição do Marrocos afirmou que a "autocracia" será varrida do país, se reformas econômicas profundas não forem implementadas.

A monarquia sunita que governa o país ofereceu diálogo com representantes da maioria xiita do Bahrein, após dias de protestos na principal praça da capital, Manama. 

ARGÉLIA
Protestos esporádicos vêm acontecendo no país desde o começo de janeiro, com manifestantes pedindo a renúncia do presidente Abdelaziz Bouteflika.
TUNÍSIA
Ele deixou o país após semanas de manifestações e choques entre manifestantes e a polícia
Protestos continuam na Tunísia apesar da decisão do presidente Zine al-Abidine Ben Ali de renunciar em janeiro. 
JORDÂNIA

Milhares de jorndanianos saíram às ruas ao longo das últimas cinco semanas, pedindo melhores perspectivas de emprego e redução nos preços de alimentos e combustível.
EGITO
Centenas de milhares de pessoas se reuniram no Cairo no dia 18 de fevereiro para marcar uma semana da queda do presidente Hosni Mubarak

SÍRIA

O presidente Bashar al-Assad prometeu promover reformas políticas após herdar o poder de seu pai, Hafez, em 2000, após três décadas de um regime autoritário.

IRÃ

O governo iraniano convocou uma manifestação para a sexta-feira 18 de fevereiro para manifestar seu repúdio à oposição do país.

ARÁBIA SAUDITA

Um dos países mais insulares e pios do Oriente Médio, a Arábia Saudita deixou de ser um reino desértico e pobre para tornar-se uma das nações mais ricas da região, graças a seus vastos recursos petrolíferos.

IÊMEN

Após dias de protestos, o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou, no dia 2 de fevereiro, que não concorreria a outro mandato, após três décadas no poder.


Glauber Machado
Est de Relações Internacionais - Unijorge
gmachado19@gmail.com

Referências:

Apogeu árabe, 10 anos depois do 11/09/2001

Roberta Namour


Revoltas no mundo Árabe e as mudanças na Geopolítica do Oriente Médio e África do Norte;
Caroline Santos
Protesto no Norte da África e Oriente MédioBBC

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