Japão se desculpa por não avisar países sobre vazamento radioativo

O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, pediu desculpas nesta quarta-feira (6) aos países vizinhos do Japão por não notificar com antecedência sobre o vazamento de água radioativa ao Oceano Pacífico iniciado na segunda-feira (4) na usina nuclear de Fukushima, seriamente afetada pelos desastres naturais do dia 11 de março.




As declarações de Edano ocorrem pouco depois do governos sul-coreano ter demonstrado descontentamento pelo lançamento de água de baixa radiação ao mar para permitir o armazenamento de líquido com mais radiação procedente dos reatores de Fukushima Daiichi.



Na terça-feira (5), um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano disse que “eventos que causam ansiedade entre países vizinhos devem ser notificados anteriormente”.



Seul chegou a afirmar que a liberação de água radioativa ao mar por parte da Tokyo Electric Power Compan (Tepco), a operadora da central atômica, “poderia representar um problema com relação às leis internacionais”, algo que o Ministério das Relações Exteriores japonês negou.



Edano disse nesta quarta que a liberação de 11.500 toneladas de água com baixa radioatividade (cerca de 100 vezes acima dos limites legais) é necessária para seguir armazenando líquido com maior concentração de radiação e retomar as tarefas de resfriamento dos reatores mais afetados.



O porta-voz do governo japonês também afirmou que o vazamento de água radioativa ao mar perto de Fukushima Daiichi, através de uma rachadura em um poço, foi controlado graças à injeção de silicato de sódio.



No entanto, Edano pediu cautela, já que ainda deve ser confirmado se não há outros focos de vazamento. O porta-voz disse que o governo japonês trabalhará para explicar aos pescadores da região os problemas causados pela contaminação das águas próximas à central nuclear com materiais radioativos como o iodo e o césio.



Segundo a televisão pública “NHK”, a maior parte das cooperativas de pescadores da vizinha província de Ibaraki deixou de trabalhar voluntariamente, após serem detectados níveis de césio superiores ao permitido em um peixe similar à enguia.

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