Chanceler israelense renuncia ao cargo após ser indiciado por fraude


O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, renunciou ao cargo nesta sexta-feira após ser indiciado por abuso de confiança e fraude em um dos casos de corrupção em que é investigado. O processo contra ele foi aberto na quinta (13).
Lieberman era um dos principais integrantes do governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e era o principal representante do Beitenu, partido de direita que faz coligação com o governista Likud. A renúncia acontece pouco mais de um mês antes da eleição parlamentar de janeiro.

Avigdor Lieberman, em entrevista coletiva no Beitenu, em Tel Aviv, nesta sexta; ele renunciou ao cargo de chanceler
Avigdor Lieberman, em entrevista no Beitenu, em Tel Aviv, nesta sexta; ele renunciou ao cargo de chanceler
A principal acusação que pesava sobre Lieberman, de financiamento ilegal das campanhas eleitorais com utilização de empresas de fachada, foi arquivada, segundo um comunicado do procurador-geral Yehuda Weinstein.
"Depois de ter examinado o processo, cheguei à conclusão de que não há provas suficientes para acusá-lo no primeiro caso e decidi encerrá-lo", explicou Weinstein em um comunicado.
No entanto, Weinstein indiciou o ministro por "quebra de confiança e fraude" por ter recebido material oficial da investigação contra ele do ex-embaixador israelense em Belarus, Zeev Ben Arieh.
O enviado teria recebido os documentos do Ministério das Relações Exteriores, que buscava informações adicionais das autoridades de Belarus sobre Lieberman. O embaixador fez um acordo sobre o processo no início deste ano.
Nesse processo, ele corria o risco de ser acusado oficialmente de lavagem de dinheiro, suborno de testemunhas, abuso de confiança e fraudes, acusações pelas quais poderia ser condenado a mais de dez anos de prisão.
Os fatos envolvendo "vários milhões" de dólares remontam ao período 2001-2008 quando Lieberman era deputado e acumulava o cargo com uma série de pastas ministeriais (Infraestrutura Nacional, Transportes, Assuntos Estratégicos).
CUMPRE PROMESSA
Lieberman cumpriu a promessa de renunciar ao cargo de chanceler em caso de indiciamento por um dos casos de corrupção. Ele seguiu o mesmo caminho do ex-premiê Ehud Olmert, que saiu do poder em 2008 antes de imputado em casos de corrupção.
A saída do líder do Beitenu acontece em meio a um processo eleitoral em que a coalizão liderada por ele e Netanyahu estava à frente nas pesquisas de opinião. Netanyahu expressou seu "desejo" de que Lieberman "prove sua inocência".
"Acredito no Judiciário de Israel e o respeito. O direito de defesa que é dado a todos os cidadãos de Israel também é conferido ao ministro Lieberman", disse o premiê em breve comunicado emitido pouco depois que o procurador-geral anunciasse o indiciamento.

Eleições egípcias transcorrem sem queixas; presidente vota pela manhã





A Comissão Suprema Eleitoral egípcia informou neste sábado (15) que, nas primeiras horas de votação, a primeira etapa do referendo sobre a nova Constituição transcorre sem obstáculos.
A comissão explicou em comunicado que recebeu informações de que "100%" dos centros de votação nas dez províncias onde é realizado o referendo puderam atender os eleitores.
Além disso, destacou que todos os colégios eleitorais começaram a receber os eleitores a partir das 8h locais (4h de Brasília).
Alexandria, a segunda maior cidade do país, havia registrado conflitos violentos na sexta entre opositores e apoiadores do texto da Constituição, mas a votação era tida como calma no início deste sábado. Um jornal local, de oposição ao atual governo, publicou em sua primeira página, publicou fotos de simpatizantes da situação portando facas e espadas em sua primeira página no dia da votação.
Hoje votam 26 milhões dos 51 milhões de eleitores do país, em dez províncias: Cairo, Alexandria, Dakahlia, Garbiya, Sharquiya, Assiut, Sohag, Assuã, o norte e o sul do Sinai.
O referendo foi dividido em dois dias, hoje e o próximo sábado, devido ao boicote de grande parte dos juízes egípcios, que são os encarregados por lei de supervisionar as convocações eleitorais.
Resultados oficiais não devem ser divulgados até o próximo sábado, mas espera-se que parciais e pesquisas possam surgir nas próximas horas, dando uma ideia da tendência geral.
MURSI
O presidente egípcio, Mohamed Mursi, votou no começo da manhã em uma escola no abastado bairro de Masr Guedida, no leste do Cairo.
Já o patriarca da Igreja Ortodoxa Copta, o papa Teodoro II, votou em uma escola do bairro de Al Waili, também na capital, e embora tenha preferido permanecer na fila dos eleitores, estes lhe abriram passagem para que votasse, diz a agência estatal Mena.
O político de oposição e vencedor do Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, se manifestou via Twitter: "A adoção de um texto da Constituição divisor, que viola valores universais e liberdades é uma forma certa de institucionalizar a instabilidade e o tumulto".
HISTÓRICO
O Egito tem sido palco de protestos diários e multitudinários favoráveis e contrários ao presidente Mohamed Mursi há semanas. Os problemas começaram em 22 de novembro, quando Mursi assinou decretos que lhe deram "superpoderes", na medida em que eximem qualquer decisão sua de análise judicial.
Magistrados reclamaram, e Mursi chegou a se reunir com eles, mas não alterou os textos. O presidente se defendeu, dizendo que os decretos visavam apenas proteger a elaboração da nova Constituição.
No último dia 30, o texto foi aprovado, porém a assembleia constituinte estava dominada por islamistas pró-Mursi. Antes, os legisladores liberais e católicos tinham deixado as suas cadeiras, sob a alegação de que a maioria islamita não os deixava trabalhar.
Entre as cláusulas que geraram incômodo estão a que preserva boa parte dos poderes que o Exército tinha na era Mubarak, como aprovar o orçamento militar sem a supervisão do Parlamento. Outro ponto controverso do esboço aprovado ontem é a inexistência de garantias explícitas dos direitos das mulheres.
Entre pontos vistos como positivos está a limitação do mandato presidencial a no máximo dois períodos de quatro anos.

Bolívia não terá Coca-Cola e McDonald's a partir de dezembro


O governo da Bolívia anunciou no último fim de semana que a filial da Coca-Cola no país será retirada em 21 de dezembro. No mesmo dia, o McDonald's deixará de operar após 14 anos de tentativas fracassadas de entrar na cultura boliviana.
O chanceler David Choquehuanca afirmou que a decisão "estará em sintonia com o fim do calendário maia e será parte da festa para celebrar o fim do capitalismo e o começo da cultura da vida".
"O 21 de dezembro é o fim do egoísmo, da divisão. Esse dia tem que ser o fim da Coca-Cola e o começo do mocochinche [suco de pêssego]. Os planetas se alinham depois de 26 mil anos. É o fim do capitalismo e o começo da vida comunitária", disse, em ato com o presidente Evo Morales.
A decisão é argumentada pelo governo pelos males provocados pelo refrigerante à saúde dos consumidores, incluindo associação a infartos, derrames e câncer caso haja consumo diário.
No dia 13, Morales já havia prometido o fim da bebida ao anunciar uma festa em uma ilha no lago Titicaca, na fronteira entre a Bolívia e o Peru, no dia 21 de dezembro, que celebra o fim do calendário maia.
CULTURA
Ao contrário da Coca-Cola, o McDonald's decidiu sair por não conseguir se incorporar aos hábitos alimentares bolivianos, após 14 anos de tentativas. A empresa fechará seus oito restaurantes após ter prejuízos em suas operações em mais de uma década, caso único entre as filiais da rede de lanchonetes.
O país andino ainda conserva a culinária tradicional e dá valor ao rito de preparo da comida, que inclui a compra dos alimentos, a decisão de comer, a convivência durante o preparo, a forma em que se apresentam e a maneira que são servidos.
O prato é avaliado por aspectos como gosto, preparo, higiene e sabor adquirido com tempo de preparação, este último fundamental para o fracasso do McDonald's.

Na COP18, Protocolo de Kyoto é estendido até 2020

Por Eccaplan











Depois de 2 semanas de negociações e uma reunião de 36 horas, o Protocolo de Kyoto é estendido até 2020, na COP 18.
Delegados de quase 200 países concordaram neste sábado, em Doha/Qatar, estender o protocolo que limita as emissões de gases de efeito estufa até 2020, apesar da oposição da Rússia.
Protocolo de Kyotocriado em 1997, é o único instrumento legal no qual nações desenvolvidas assumem o compromisso de reduzirem suas emissões de carbono.
Infelizmente os países que assumiram o compromisso do reduzir suas emissões, no segundo período do Protocolo,representam pouco menos de 15 por cento das emissões mundiais.
Os compromissos assumidos foram fortemente criticados por serem nada ambiciosos e diversos outros itens ficaram em abertocomo: o planejamento detalhado e origem do financiamento de ações de mitigação em países subdesenvolvidos no período de 2013 a 2020 e a transferência de tecnologia limpa e propriedade intelectual.
Os países desenvolvidos também estão sendo pressionados para mostrar como eles pretendem manter a promessa de aumentar o financiamento climático para as nações mais pobres a US $ 100 bilhões por ano até 2020 - a partir de um total de US $ 30 bilhões em 2010-2012.


Países do Mercosul querem aumentar uso de energia renovável


Por Eccaplan
Países do Mercosul querem aumentar uso de energia renovável Fonte : MarianaTokarnia - Agência Brasil
Ampliar o uso de energias renováveis é o objetivo dos países do Mercosulsegundo osrepresentantes de setores públicos e privados de produção de energia que participaramdo 1º Fórum Empresarial do Mercosul.
De acordo com empresários e dirigentes públicosos países do bloco têm potenciaisinexplorados e capacidade de abastecimento para assegurar o desenvolvimento docontinentegarantir a soberania e diversificar as fontes energéticas.
presidente da Galvão EnergiaOtávio Silveiradisse que o Brasil ainda tem um potencial de aproximadamente três vezesprodução nacional de energia eólica. Segundo ele, de 2002 a 2009, foram instalados no país geradores eólicos capazesde produzir 8 mil megawatts de potência. A energia térmica teve um aumento de 7 gigawatts de 2010 a 2012.
"Precisamos ter fontes sustentáveis e integrar as matrizes energéticasavançando no caminho de uma matriz maissustentável e independente de combustível fóssil"disse Galvão. "A diversidade garante uma base de segurança, se umafalhartemos mais opções".
Na Argentina,  um plano para ampliação do uso de matrizes energéticas mais sustentáveis. De acordo com secretário deEnergia do Ministério do Planejamento argentino, Daniel Cameron, o país pretende sair de 2% de energia proveniente dematrizes renováveis no país para 10% até 2030.
Os combustíveis fósseis, no entantoainda têm grande destaque na região. Com o ingresso da Venezuela, cuja adesão aobloco foi promulgada hoje (7), o Mercosul consolida-se como uma das principais potências energéticas mundiais, com 19,6% das reservas mundiais provadas de petróleo do mundo, 3,1% das reservas de gás natural e 16% das reservas de gásrecuperáveis de xisto.
Com a Venezuela, o Mercosul torna-se o detentor da maior reserva de petróleo do mundo, com mais de 310 bilhões debarris de petróleo em reservas certificadas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Das reservas, 92,7% estão na Venezuela.
Brasil tenderá a ampliar sua participação nas reservas de petróleo do bloco à medida que os trabalhos de certificação dasreservas do pré-sal brasileiro progridam.
Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de 2013. Chile, EquadorColômbia, Peru e Bolívia estão no grupo como países associadosaindacomo membros observadores,México e Nova Zelândia

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