ORIENTE MÉDIO E NORTE DA ÁFRICA EM FOCO: As insurreições populares no mundo islâmico

No dia 11 de setembro de 2001, o impossível aconteceu. O ataque as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, se tornou uma verdadeira ruptura histórica. Naquele dia, os Estados Unidos foram surpreendidos em seu próprio solo e deixaram de ter o domínio do mundo. Durante 10 anos o governo americano e sua coalização ocidental contra o Terrorismo no Oriente médio. Países como Iraque, Afeganistão foram alvo da violência militar. O Paquistão para não sofrer retaliações cedeu suas bases, e veja onde Osama Bin Laden foi capturado e supostamente executado?

A situação de exclusão social e miséria que vive a população árabe ficam evidenciadas nos recentes acontecimentos de amplas mobilizações sociais, com o povo nas ruas exigindo o fim de governos ditatoriais, corruptos e aliados das potências imperialistas ocidentais. Os habitantes do Norte da África e Oriente Médio têm em comum as péssimas condições de vida e a atuação predatória das grandes multinacionais petrolíferas ocidentais.

Os muçulmanos sofreram com a perseguição e suportaram ditaduras e governo corrupto e 10 anos depois, a Primavera Árabe propagou uma outra imagem do povo muçulmano. A queda do presidente da Tunísia, Ben Ali, conquistada por uma grande manifestação popular pela democracia, desencadeou revoltas contra as ditaduras e regimes totalitários no Oriente Médio e Norte da África. 



Todo comportamento das nações ocidentais em relação aos países árabes tem por trás os interesses nas ricas reservas petrolíferas. Quando o ditador Zine el Abidine Bem Ali da Tunísia ordenou que abrisse fogo contra grupos de jovens que protestavam por democracia, matando dezenas e os constantes desrespeitos aos direitos humanos no país nunca sofreu quaisquer tipo de repreensão das nações ocidentais.


As alianças dos governos locais com as empresas multinacionais das nações desenvolvidas deixaram o povo esquecido, fato que resultou nas revoltas populares em todo mundo árabe.

A partir daí registrou-se protestos em Argel capital da Argélia, no Marrocos o Rei impediu o aumento dos preços alimentícios e bens essenciais temendo as manifestações, mas não está adiantando, as manifestações estão acontecendo, principalmente pela internet. Protestos estão ocorrendo, também, na Síria, Arábia Saudita, Iêmen, Omã e Jordânia. Todos eles governos ditatoriais.

VISÃO PANORÂMICA DOS CONFLITOS


BAHREIN

O rei Hamad pediu a seu filho mais velho, o príncipe regente Salman, que dê início a um "diálogo nacional" para pôr fim à revolta.

MARROCOS

O principal grupo de oposição do Marrocos afirmou que a "autocracia" será varrida do país, se reformas econômicas profundas não forem implementadas.

A monarquia sunita que governa o país ofereceu diálogo com representantes da maioria xiita do Bahrein, após dias de protestos na principal praça da capital, Manama. 

ARGÉLIA
Protestos esporádicos vêm acontecendo no país desde o começo de janeiro, com manifestantes pedindo a renúncia do presidente Abdelaziz Bouteflika.
TUNÍSIA
Ele deixou o país após semanas de manifestações e choques entre manifestantes e a polícia
Protestos continuam na Tunísia apesar da decisão do presidente Zine al-Abidine Ben Ali de renunciar em janeiro. 
JORDÂNIA

Milhares de jorndanianos saíram às ruas ao longo das últimas cinco semanas, pedindo melhores perspectivas de emprego e redução nos preços de alimentos e combustível.
EGITO
Centenas de milhares de pessoas se reuniram no Cairo no dia 18 de fevereiro para marcar uma semana da queda do presidente Hosni Mubarak

SÍRIA

O presidente Bashar al-Assad prometeu promover reformas políticas após herdar o poder de seu pai, Hafez, em 2000, após três décadas de um regime autoritário.

IRÃ

O governo iraniano convocou uma manifestação para a sexta-feira 18 de fevereiro para manifestar seu repúdio à oposição do país.

ARÁBIA SAUDITA

Um dos países mais insulares e pios do Oriente Médio, a Arábia Saudita deixou de ser um reino desértico e pobre para tornar-se uma das nações mais ricas da região, graças a seus vastos recursos petrolíferos.

IÊMEN

Após dias de protestos, o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou, no dia 2 de fevereiro, que não concorreria a outro mandato, após três décadas no poder.


Glauber Machado
Est de Relações Internacionais - Unijorge
gmachado19@gmail.com

Referências:

Apogeu árabe, 10 anos depois do 11/09/2001

Roberta Namour


Revoltas no mundo Árabe e as mudanças na Geopolítica do Oriente Médio e África do Norte;
Caroline Santos
Protesto no Norte da África e Oriente MédioBBC

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