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Buscas por avião 'tropeçam' em toneladas de lixo que flutuam no mar

Imagem de satélite. Foto: BBC

As diversas missões enviadas ao sul do Oceano Índico para achar destroços do voo MH370 estão sendo atrapalhadas por um problema ambiental: o excesso de lixo nos mares.
Desde que as autoridades de diversos países começaram seus trabalhos de busca - com auxílio de navios, aviões e imagens de satélite - centenas de objetos já foram avistados, mas até agora nenhum deles foi identificado como sendo parte dos destroços do avião desaparecido da Malaysia Airlines.
Nesta sexta-feira, aviões da Nova Zelândia fizeram as mais recentes descobertas de objetos na região, a 2,4 mil km a sudoeste da Austrália, onde as buscas estão sendo concentradas. No entanto, esses objetos só poderão ser recuperados e analisados no sábado.
O avião com 239 passageiros a bordo desapareceu no dia 8 de março. Até agora, não foi recuperado nenhum objeto pertencente ao voo.

Separando destroços do lixo

O desafio para as equipes de buscas é separar o que pode ser uma pista concreta do voo do mero lixo que flutua na região.

A autoridade marítima da Austrália, uma das entidades envolvidas nos esforços, alertou que é preciso deixar claro que "objetos" achados no mar não podem ser tratados como indícios concretos de que o avião pode estar nas imediações.
"Existe tudo que é tipo de coisa no mar, desde lixão que é carregado (ao mar) por rios e praias a coisas que são jogadas diretamente por embarcações", disse à BBC Brasil a oceanógrafa brasileira Giselle Firme, que trabalha na Austrália.
Os especialistas que usam imagens de satélite na busca pelo avião têm se concentrado em analisar objetos de grande porte - na esperança de achar uma peça grande da aeronave, como a asa.
No entanto, o mar também é cheio de objetos de grande porte, como contêineres ou embarcações inteiras que são abandonadas, afirma Giselle Firme.
Os primeiros objetos avistados por equipes de busca, no dia 16, estavam em uma rota usada por muitos navios, o que levou os analistas a especularem que se trataria de contêineres perdidos.
A grande quantidade de lixo no mar é um problema não só para equipes de buscas. Os dejetos poluem o mar e podem ser engolidos por animais. Grandes peças podem ser uma ameaça à segurança de embarcações que navegam pelos oceanos.
Não há dados precisos sobre a quantidade de lixo que flutua nos oceanos, mas oceanógrafos sabem que correntes marítimas favorecem a formação de algumas "ilhas" de dejetos. Duas concentrações enormes de lixo - que nunca tiveram suas dimensões medidas - foram formadas no oceano Pacífico e no norte do Atlântico.
Nova Zelândia. Foto: AP
Nova Zelândia foi o país mais recente a anunciar a descoberta de objetos
"O lixo no oceano tende a se concentrar nos chamados 'gyres', massas de água que ficam entre os grandes continentes 'presa' por correntes oceânicas que fazem como que um redemoinho."

Avanços

Até agora, os maiores avanços nas buscas foram conseguidos não através de objetos avistados, mas sim com o uso de outras técnicas ou lógicas.
No começo da semana, a análise de pequenas variações nos sinais emitidos pelo MH370 - conhecidos como "pings" - permitiu que especialistas determinassem, ainda com pouca precisão, o sentido tomado pelo avião. Como ele teria seguido uma rota onde não há possibilidades de pouso, essa técnica foi fundamental para se chegar à conclusão de que o avião caiu mesmo no mar.
Nesta sexta-feira, as equipes decidiram mudar a região das buscas para 1,1 mil quilômetros ao nordeste de onde estavam. Novamente a decisão não foi tomada devido à observação de objetos no mar - mas sim com análise de dados do radar que mostram que o MH370 estava andando em uma velocidade maior do que se imaginava anteriormente, e por isso teria ficado sem combustível mais cedo.
Ainda assim, na ausência de dados mais confiáveis, o trabalho de observação de objetos no mar é importante, pois - com sorte - pode fornecer pistas sobre o destino final do avião e a caixa-preta.
No entanto, mesmo que os destroços sejam encontrados flutuando no mar, eles estão cada vez mais distantes do ponto final, na medida em que o tempo passa.
A oceanógrafa Giselle Firme aponta outro problema nas buscas: a falta de informações sobre o leito do mar no sul do Oceano Índico.
"O que existe de informação sobre esta área onde o avião supostamente caiu já é de dez anos atrás, e de má qualidade", disse a oceanógrafa.

"Só se tem informação detalhada da topografia na zona econômica exclusiva dos países (da região), onde há possibilidade de exploração. Como o mar além dessa área é 'terra de ninguém', não existe incentivo para pesquisar lá."

Ligado à Rússia e Brics, Brasil silencia sobre crise na Crimeia



O apelo do embaixador ucraniano foi claro. Em artigo publicado na imprensa brasileira, Rostyslav Tronenko pediu que o Brasil não fique em silêncio diante da anexação da Crimeia pela Rússia – considerada ilegal por ele e grande parte da comunidade internacional.
"Se isso for feito com a Ucrânia, qualquer coisa pode ser feita para qualquer outro país. Se for permitido que isso aconteça, então não existem regras e não há leis”, escreveu.
A última manifestação da diplomacia brasileira foi na última quarta-feira (19/03), numa nota protocolar dizendo que a crise deveria "ser equacionada pelos próprios ucranianos". A posição foi reforçada, no mesmo dia, pelo chanceler Luiz Alberto Figueiredo em Paris. Enquanto seu colega francês Laurent Fabius reforçou a condenação ocidental ao referendo na Crimeia, o brasileiro preferiu a neutralidade.
O silêncio brasileiro diante da maior crise entre Ocidente e Moscou desde o fim da Guerra Fria reflete a política de não ingerência em assuntos internos de outros países adotada pela presidente Dilma Rousseff desde que chegou ao Planalto. Um contraponto em relação a seu antecessor: Lula participou ativamente, por exemplo, na busca por uma solução para a crise nuclear iraniana – quase chegando a um acordo – e em negociações sobre o conflito entre israelenses e palestinos.
"O Brasil está invocando uma noção vaga de 'não ingerência', um posicionamento que apresenta claras incongruências com o que o Brasil desempenhou em crises na América Latina, além de uma inflexão quanto ao papel que projetava para si durante o governo Lula", opina Marcos Troyjo, diretor do BricLab da Universidade de Columbia (EUA) e professor do Ibmec/RJ.
O especialista diz ainda que o Brasil, não apenas pela crise na Crimeia, vem perdendo brilho no cenário internacional. Há, para ele, percalços que abrangem três campos das relações internacionais: o econômico-comercial, o político-militar e o dos valores. E as consequências, afirma, são grandes: o “soft power” brasileiro irradia com menos força.
Em linha com Pequim
Condenado com firmeza por todas as potências ocidentais, o referendo foi uma violação clara da Constituição ucraniana – que dá apenas ao Congresso em Kiev o direito de convocar consultas do tipo e com a garantia de que seja realizado em nível nacional.

A votação expressiva de 97% a favor da separação também foi colocada em questão – a população de origem russa da península é de cerca de 60%. Além disso, o referendo ocorreu sob forte presença militar da Rússia, e observadores internacionais foram impedidos de fiscalizá-lo.
Mesmo Pequim se afastou de dar qualquer apoio público a Moscou, seu aliado de longa data. Em votação no Conselho de Segurança da ONU, a China, que também enfrenta questões separatistas em seu território, optou por um voto de abstenção: não ficou nem ao lado do Ocidente nem da Rússia.
"A abstenção da China e a ambiguidade brasileira são muito parecidas. Os chineses, ao se absterem, dizem que não estão de um lado nem do outro. A melhor explicação para a dificuldade brasileira está justamente nessa posição chinesa", diz o ex-ministro de Indústria e Comércio José Botafogo Gonçalves, vice-presidente emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
Como a China, a economia brasileira tem também na Rússia um importante parceiro comercial. Botafogo Gonçalves lembra, ainda, que o Brasil sempre procurou fugir da dicotomia direita-esquerda, mostrando-se a favor da multipolaridade nas relações internacionais. E os Brics – formado também por Índia e África do Sul – são um reflexo dessa política.
“A Rússia é parte importante nesta dinâmica. O Brasil gosta de pensar em si, nos Brics e em outros países em desenvolvimento não apenas como ‘mercados emergentes’, mas como ‘potências em ascensão’, conceito que vai além de questões financeiras e inclui também importância política e peso regional”, afirma Troyjo.
O especialista em Brics da Universidade de Columbia lembra que o grupo está em fase avançada de negociação para a criação de um banco de desenvolvimento para financiar projetos de infraestrutura nos cinco países. O projeto pode ser fechado já na próxima cúpula dos Brics, marcada para julho em Fortaleza.
Comércio bilateral crescente
Os interesses brasileiros em se calar perante a Rússia, segundo analistas, não são pequenos. O Brasil é o maior parceiro comercial dos russos na América Latina, e espera-se que o comércio entre os dois países aumente dos atuais 6 bilhões de dólares ao ano para 10 bilhões de dólares até o fim da década.

Entre os principais produtos comercializados entre os dois países, a Rússia vende equipamentos da área aeroespacial, de energia nuclear e fóssil, além de químicos e fertilizantes. Por sua vez, o Brasil vende carnes bovina, suína e de frango, além de soja, açúcar e outros produtos agrícolas. A presidente Dilma Rousseff esteve em dezembro de 2012 na Rússia para fortalecer os laços entre os dois países e se encontrou com o presidente Vladimir Putin e o premiê Dimitri Medvedev.
“Não vejo como o Brasil tomar uma posição antagônica à da Rússia, inclusive pelos interesses que unem os dois países – econômicos, de parceria estratégica e cultural – especialmente no que se alude à consolidação do grupo dos Brics”, afirma Gilberto Ramos, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Rússia.
Apesar das críticas, o silêncio do Brasil sobre a situação na Crimeia não deve implicar custos políticos, segundo Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da PUC-SP. Quem demonstra neutralidade, diz o especialista, pode ser um futuro mediador da crise.
“Quem critica abertamente é aquele que tem ficha para gastar. O Brasil não pode ter atitude semelhante à do Reino Unido e da Alemanha. O país não tem essa estatura e, também, não está diretamente envolvido”, opina Nasser.

Por insegurança, Fifa cogita parar Copa das Confederações



A Fifa cogita suspender a Copa das Confederações por causa da falta de segurança gerada pela onda de protestos que tomou conta do Brasil nas últimas semanas. A informação é da rádio CBN.

A entidade máxima do futebol mundial teria ficado espantada com a violência trazida pelas manifestações, que inclusive atingiram veículos da organização da competição nesta quinta-feira, em Salvador. Duas delegações já teriam procurado a entidade cogitando deixar o país. Uma delas seria a Itália, cujos jogadores e comissão técnica trouxeram as famílias para acompanhar a competição.

A Fifa, caso tome realmente a decisão de paralisar o torneio, tem o aval da Lei Geral da Copa, em seu trecho que fala da responsabilidade Civil do Brasil. O texto diz que "a União assumirá os efeitos da responsabilidade civil perante a Fifa, seus representantes legais, empregados ou consultores por todo e qualquer dano resultante ou que tenha surgido em função de qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado aos eventos".
Nesta semana, o presidente Joseph Blatter deixou o país para acompanhar in loco a abertura do Mundial Sub-20, na Turquia. Apesar de o compromisso já estar na agenda do dirigente, a saída veio a calhar, já que o Brasil vive momentos de tensão nas ruas, motivados também pelos gastos do governo federal com a Copa.

Manifestantes colocam fogo no Itamaraty em Brasilia



 

O Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, se transformou no novo alvo da ala radical dos manifestantes que protestam em Brasília. 

O prédio, um dos principais monumentos da capital federal, tem toda sua fachada construída em vidro. Os manifestantes conseguiram quebrar parte das vidraças. 

Um princípio de incêndio foi gerado depois que manifestantes lançaram coqueteis molotov contra o prédio. Policiais conseguiram conter o fogo.
Os manifestantes migraram para o Itamaraty depois que policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão de 30 mil pessoas que protestavam em frente ao Congresso. Eles conseguiram, então, tomar a ponte que liga a pista da Esplanada ao prédio do Itamaraty. 

Os policiais só conseguiram recuperar o controle sobre parte da ponte depois do arremesso de coqueteis molotov. Alguns manifestantes caíram no espelho d'água que circunda o Itamaraty.













Porto Alegre, Recife, João Pessoa e Cuiabá reduzem tarifas de ônibus


Por Carta Capital

Mudanças ocorrem após protestos terem levado 230 mil às ruas em diferentes cidades do País na segunda-feira 17 


Depois de protestos terem levado, na segunda-feira 17, mais de 230 mil pessoas às ruas contra o aumento das passagens de ônibus em diversas cidades do Brasil, quatro capitais anunciaram reduções em seus preços do transporte público.
Nesta terça-feira 18, Porto Alegre, Pernambuco e João Pessoa informaram que realizarão cortes nos preços das tarifas. Cuiabá anunciou na segunda-feira a redução.
Em coletiva de imprensa na manhã desta terça, José Fortunati (PDT), prefeito de Porto Alegre, garantiu uma redução de cinco centavos na tarifa de ônibus na cidade. Ele informou ter encaminhado à Câmara de Vereadores uma concessão de 2,5% sobre o ISS (Imposto Sobre Serviços) que deve garantir a queda do preço para 2,80 reais em conjunto com a isenção do PIS/Confins, decretada pela Medida Provisória 617. Fortunati disse esperar ter a possibilidade de diminuir o valor para entre 2,73 reais e 2,75, se houver novas isenções de impostos, segundo o jornal Zero Hora.
Em João Pessoa, o prefeito de Luciano Cartaxo (PT), anunciou que os preços caem de 2,30 reais para 2,20. No Recife e na região metropolitana, o valor da tarifa sai de 2,25 reais para 2,15. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Campos (PSB).
Na segunda-feira 17, em meio a intensos protestos pelo Brasil, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), reduziu em 10 centavos o valor da passagem. O preço de 2,85 reais passa a valer nesta quarta-feira 19. A redução vem da MP 617. Segundo o portal G1, Mendes disse não haver relação com os protestos realizados em diversas cidades do País.
Protestos
Em João Pessoa e Recife, o anúncio acontece dois dias antes de protestos marcados para quinta-feira 20 em ambas as cidades.
A prefeitura da capital paraibana alega, no entanto, que a mudança de preço vinha sendo estudada desde o início do mês por meio de uma lei de desoneração do transporte público. A medida vale a partir de 1º de julho. Houve aumento das passagens em janeiro.
Segundo o G1, o prefeito afirmou que a redução virá da desoneração do Preço Público, um tributo que incide sobre a passagem de ônibus. A medida deve causar um impacto de até 100 mil reais por mês. Mesmo com o anúncio, a manifestação segue programada no Facebook e tem mais de 23 mil pessoas confirmadas.
No Recife, a redução de 10 centavos passa a valer a partir desta quinta-feira 20. Mesmo dia do protesto marcado contra o preço das passagens na cidade, que ocorre às 16h, na Praça do Derby. Mais de 72 mil pessoas estão confirmadas. A medida de redução do valor da tarifa também foi possível devido à MP 617.
Confira aqui a lista das cidades que ainda terão protestos.
Decisão da Justiça
Em Blumenau (SC), a prefeitura foi obrigada a baixar os preços da tarifa de ônibus por decisão da Justiça. O juiz Edson Marcos de Mendonça concedeu liminar na segunda a uma ação popular impetrada na última semana por um vereador. O valor cai de 3,05 reais para 2,90. O prazo para a aplicação da liminar é de 48 horas.

Pyongyang coloca Governo de Pequim contra a parede.

Ameaças de Pyongyang aos Estados Unidos e à Coreia do Sul colocam Pequim em situação difícil, com o desafio de manter o apoio ao aliado de longa data e, ao mesmo tempo, sustentar a paz na região. 

O regime de Kim Jong-un tem rendido manchetes quase diárias aos jornais. Em uma única semana, anunciou a retomada das atividades na usina de nuclear em Yongbvon, congeladas até então há seis anos; bloqueou o acesso de trabalhadores sul-coreanos ao parque industrial Kaesong; cortou a última linha de comunicação direta com o sul; e anunciou que os militares têm sinal verde para um ataque nuclear contra os Estados Unidos.

Os alertas e apelos da comunidade internacional foram solenemente ignorados– não importando se vieram do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; do secretário de Defesa americano, Chuck Hagel; ou da presidente sul-coreana, Park Geun-hve.

Da China – que apoiou sanções à Coreia do Norte após os testes nuclear e com foguetes de longo alcance – não chegaram mais do que palavras de alerta. O porta-voz da Chancelaria de Pequim, Hong Lei, qualificou a situação na península como "delicada" e "difícil", e considerou “lamentável” o plano norte-coreano de expansão nuclear.

As provocações à comunidade internacional do regime de Kim Jong-Un preocupam a China, seu maior aliado.  
As provocações à comunidade internacional do regime de Kim Jong-Un preocupam a China, seu maior aliado.
 
Dilema chinês
Para o professor Jian Cai, do Instituto para a Coreia da Universidade Fudan de Xangai, a intenção de Pyongyang de reiniciar as atividades na usina nuclear de Yongbyon foi um "rompimento clamoroso” do que ficou acordado em 2007 nas chamadas 'negociações de seis lados' – realizadas entre Coreias, Japão, EUA, Rússia e China.

A China, segundo Cai, se encontra em um verdadeiro dilema quanto ao seu problemático vizinho. Pequim quer evitar a guerra porque, caso o pior venha a acontecer, soldados chineses terão que lutar lado a lado com os norte-coreanos contra os EUA.

"Como aliado de longa data, a China está decepcionada com a atitude de Pyongyang. O governo entende que o país tem sido ingrato com os chineses, que sempre lutaram para manter a estabilidade na região", opina.

Para ele, é importante que Pyongyang esteja ciente das consequências de seus atos, o que explica o apoio da China às novas sanções do Conselho de Segurança, que, de certa forma, rompe com a postura antes adotada. Mas, mesmo assim, ressalta, Pequim continuará do lado dos norte-coreanos.
"A China não vai desistir da Coreia do Norte sob circunstância alguma", afirma.
O governo de Pyongyang bloqueou o acesso ao parque industrial Kaesong.  
O governo de Pyongyang bloqueou o acesso ao parque industrial Kaesong.
 
Vizinho problemático
O jornalista Zhangjin Huang, editor-chefe adjunto da revista Phoenix Weekly, também não acredita em grandes mudanças na postura do governo chinês.

"Está claro para o governo que a Coreia do Norte é um vizinho problemático, mas para um Estado socialista como a China, Pyongyang representa uma ameaça muito menos significativa do que um país liberal e democrático", opina.
A China espera, obviamente, que Pyongyang reconsidere suas atitudes. Mas, se isso não vier a acontecer, existem, na opinião de Huang, dois piores cenários possíveis: "O que a China não quer é a unificação das duas Coreias. Pior ainda seria se os EUA e a Coreia do Sul viessem a destruir o regime de Kim Jing-un."
Em todo caso, o que a China deseja basicamente é paz e calmaria em sua vizinha, o que as últimas semanas têm provado que, ao menos a curto prazo, será difícil de ser alcançado.

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