Site divulga 250 mil documentos secretos que revelam rede mundial de ciberespionagem
Site WikiLeaks revela documentos que mostram relação do governo chinês com ataques ao Google e espionagem do governo dos EUA a membros da UN.
O WikiLeaks é um site especializado no vazamento de informações confidenciais que normalmente revelam ações polêmicas de espionagem entre governos e empresas – foi esse site que divulgou, por exemplo, o ataque de vírus a instalações nucleares iranianas ocorrido em setembro deste ano .
Nas últimas horas, o Wiki vazou cerca de 250 mil documentos secretos, no maior vazamento de informações diplomáticas da história. Esses documentos revelam, entre outras coisas, que o governo dos EUA tem espionado membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e que os ataques ao Google ocorridos na China no início do ano – quando contas de ativistas contra o governo de Pequim foram hackeadas – foram feitos com o conhecimento e aprovação do governo chinês.
Os documentos foram divulgados pelos jornais The New York Times, The Guardian (Inglaterra), Le Monde (França), entre outros.
Espionagem:
Alguns documentos mostram que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, ordenou a espionagem de membros da ONU, inclusive do secretário-geral, Ban Ki-moon. Relatórios solicitando informações pessoais – inclusive senhas e códigos de segurança usados para contatos oficiais – foram solicitados.
Guerra:
Também foram citados nos documentos pedidos insistentes por parte do governo da Árabia Saudita que os EUA fizessem ataques a instalações nucleares iranianas.
China:
Desde 2002, segundo alguns documentos, o governo chinês contrata especialistas em segurança e hackers para espionar o governo estadunidense e pessoas que se opõe ao regime de Pequim, inclusive o Dalai Lama. Os documentos apontam também que o governo chinês tinha conhecimento e autorizou os ataques ao sistema de computadores do Google ocorridos no país em janeiro deste ano.
O vazamento, segundo o jornal The New York Times “lança sombras sobre a atual política diplomática e poderia gerar tensão nas relações entre os EUA e alguns países, influenciando a política internacional de maneiras que são impossíveis de prever”.
Saiba mais: O Estado de S.Paulo, NYT