Cuba -
O ex-presidente de Cuba Fidel Castro apelou para que a comunidade
internacional adote medidas que evitem uma guerra envolvendo a Coreia do
Norte e a Coreia do Sul. Fidel disse que é “dever” de todos impedir os
conflitos. O alerta do ex-presidente foi feito na sua coluna semanal
Reflexões, publicada no jornal oficial Granma e reproduzida na agência
pública de notícias cubanas, Prensa Latina.
“É dever evitar uma guerra na Coreia”, ressaltou Fidel. “Se a guerra
explodir lá, as pessoas de ambos os lados da Península [Coreana] serão
terrivelmente abatidas, sem nenhum benefício
a qualquer um. A República da Coreia [do Norte] foi sempre cordial com
Cuba. E Cuba sempre foi e continuará a ser com ela”, diz Fidel no texto.
“Seria injusto esquecer que a guerra afeta mais de 70% da população do
planeta.”
A mensagem de Fidel foi feita no momento em que o governo norte-coreano
ameaça deflagrar uma ação nuclear na Península Coreana que pode também
atingir o Japão e os Estados Unidos, além da Coreia do Sul. As ameaças
geram uma tensão internacional, pois sul-coreanos, japoneses e
norte-americanos avisaram que estão em alerta para reagir.
“Na Península Coreana, o general Douglas MacArthur [comandante militar
norte-americano morto em 1964] queria usar armas atômicas contra Coreia
do Norte. Mas Harry Truman [ex-presidente norte-americano de 1945-1953]
não permitiu”, diz o texto de Fidel.
O ex-presidente lembrou que os desafios da humanidade são usar a “vida inteligente” em favor de ações positivas e, não o contrário.
Fidel ressaltou que os riscos de uma guerra nuclear são graves. Ele lembrou das duas bombas atômicas foram lançadas,
durante a 2ª Guerra Mundial, sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki,
no Japão, matando em minutos milhares de pessoas. A estimativa é que
mais de 220 mil pessoas tenham morrido em decorrência dos efeitos das
bombas.
As informações são da Agência Brasil