Acordo deverá ser assinado na próxima Cúpula do Mercosul, em dezembro.
Mercosul defende Palestina independente e economicamente viável.
Um projeto de acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Autoridade Nacional Palestina foi fechado nesta segunda-feira, em Ramallah, na Cisjordânia. Segundo comunicado conjunto divulgado pelas delegações, o acordo deverá ser assinado na próxima Cúpula do Mercosul, em dezembro, no Uruguai.
O lado palestino anunciou que o presidente Mahmoud Abbas comparecerá à reunião que acontecerá em Montevidéu.
De acordo com o Itamaraty, o acordo permitirá o acesso dos quatro países do Mercosul - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - ao mercado do território palestino com tarifas reduzidas de importação, mas também permitirá que o país exporte produtos, especialmente agrícolas, para a região do Cone Sul. Apesar da pequena produção local, os diplomatas brasileiros estimam um comércio potencial de US$ 200 milhões com os palestinos.
O acordo, no entanto, tem um peso mais político do que econômico. Os quatro países do Mercosul já reconheceram a Palestina como Estado, apesar da contrariedade de Israel e Estados Unidos. O Mercosul já possui um acordo de livre comércio com Israel e, para além do interesse econômico, está a ideia de dar igualdade à relação com os dois países.
"A negociação desse acordo reflete o apoio dos países do Mercosul a uma Palestina independente e economicamente viável, coexistindo em paz com todos os seus vizinhos", diz o comunicado conjunto divulgado hoje.
"Os dois lados reconheceram a importância de aperfeiçoar as relações comerciais e econômicas entre o Mercosul e a Palestina, bem como de compartilhar experiências em matéria de desenvolvimento econômico e de cooperar na área de capacitação", acrescentou o texto.
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