Define-se Inteligência social como aquela que permite a um líder escolher a forma social apropriada para grupos e departamentos – grupos de trabalho comprometidos, grupos autogerenciáveis – e orientar as pessoas em seus relacionamentos, enquanto a Inteligência emocional está focada em sentir as emoções em tempo real e identificar a mensagem que está por trás delas.
Sabemos que nas organizações as pessoas são as responsáveis pelo sucesso da implementação da mudança. A organização deve conscientizar os colaboradores para as transformações que estão ocorrendo no mercado, e sobre o papel de cada um no processo de mudança. Nenhuma mudança organizacional é possível a menos que os indivíduos mudem seus comportamentos, suas atitudes, seus pensamentos para afetar e sustentar a mudança. Assim, para que as organizações mudem é preciso primeiro mudar as pessoas que residem dentro delas. Se as pessoas não vêem ou não sentem a necessidade da mudança, elas não se comprometem com o programa.
Programas de mudança na organização freqüentemente incluem mudanças em comportamentos individuais e nas características entre seus alvos de mudança. A primeira transformação que deve ocorrer trata das questões comportamentais das pessoas, pois ela envolve a quebra de paradigmas e gera mudanças culturais dentro da organização.
A mudança individual é criada pelos processos de socialização da organização, por programas de treinamentos, por uma variedade de esforços programáticos planejados para melhorar o funcionamento organizacional (intervenções de mudança), e pela grande quantidade das limitações, das influências do dia-a-dia a partir de interações interpessoais com gerentes e supervisores. Essas influências podem alterar o comportamento individual e as características de diferença individual dos empregados. São essas alterações que os autores definem como mudança individual.
Líderes não se dão conta de que também terão que enfrentar uma avalanche de emoções e dinâmicas humanas. Para a organização aumentar sua produtividade, a qualidade, precisa de equipes, de um grupo de pessoas que reúna habilidades, talentos e conhecimentos. Com treinamento adequado, as equipes buscam as soluções mais coerentes aos problemas complexos e crônicos, tornando os processos eficazes e permanentes. Os sentimentos que estão à flor da pele nos programas de mudança são o medo e ansiedade.
Líderes bem preparados identificam o crescimento do medo e da ansiedade como indicadores de progresso e aprendem a reconhecer e a lidar com esse crescimento. Quando se lida com esse desafio do medo e da ansiedade, deve-se primeiro escutar atentamente o que é dito e como está sendo dito. Os líderes têm de escutar a música que existe por trás da letra, de forma sensível, levando em conta o medo natural que as pessoas possam estar experimentando.
Estudo realizado sobre a inteligência emocional em gestores sugere que pessoas com alto nível deste tipo de inteligência são capazes de ter relacionamentos mais profundos e constituir uma rede social mais segura, ajudar os outros de seu grupo, bem como desenvolver uma liderança onde se possa construir uma equipe coesa e uma comunicação mais efetiva com os outros e levar a cabo planos estratégicos empresariais com mais eficiência. Portanto, o bem-estar no trabalho parece associar-se às habilidades intelectuais e emocionais dos trabalhadores de serem empáticos, manterem-se automotivados e, especialmente, de estabelecerem e conservarem suas amizades(sociabilidade).