Assim como Lula em 2008, Dilma defende consumo após turbulência. Na época, então presidente foi à TV e pediu: 'Não tenha medo de consumir'.
Dilma disse: 'Temos que continuar consumindo'. Leia frases de ambos
Num dia tenso em todo o mercado acionário mundial, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (8) que o Brasil não está "imune" aos problemas, mas que o país hoje está mais preparado para enfrentar crises. Disse também: "Temos que continuar consumindo o que estamos consumindo. Não temos de parar de consumir porque não passamos por nenhuma ameaça".
Em 2008, também numa situação de turbulência econômica gerada no exterior, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pediu para os brasileiros consumirem. "Não tenha medo de consumir com responsabilidade", disse, na época, em pronunciamento na TV no final do ano. Nesta segunda-feira, diante do cenário, Lula voltou a incentivar o consumo.
Nesta segunda, o mercado acionário teve quedas acentuadas, no primeiro dia de pregão após a agência de risco Standard & Poor’s rebaixar a nota da dívida pública dos Estados Unidos. E a Bolsa de Valores de São Paulo registrou a maior queda desde o auge da crise em 2008.
Leia abaixo frases de Dilma e de Lula a respeito dos problemas na economia:
“Você, meu amigo e minha amiga, não tenha medo de consumir com responsabilidade. Se você está com dívidas, procure antes equilibrar seu orçamento. Mas, se tem um dinheirinho no bolso ou recebeu o décimo terceiro e está querendo comprar uma geladeira, um fogão ou trocar de carro, não frustre seu sonho, com medo do futuro.” (Lula – dezembro de 2008)
“Temos que continuar consumindo o que estamos consumindo. Não temos de parar de consumir porque não passamos por nenhuma ameaça.” (Dilma – 8 de agosto de 2011)
“O fato é que tem uma crise, causada pelos países ricos, ela está forte nos países ricos. O consumo deve ser reativado nesses países. Até agora eu só estou vendo eles discutirem como salvar os bancos, e o consumo, que é o que vai girar a economia, estão falando muito pouco.” (Lula – 8 de agosto de 2011)
"É uma crise causada, fomentada, por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis, que antes da crise parecia que sabia tudo e que agora demonstra não saber nada." (Lula – março de 2009)
"Quero deixar claro que não compartilhamos com a avaliação precipitada e um tanto quanto rápida e, eu diria, sim, não correta, da agência que diminuiu o grau de valorização de crédito dos Estados Unidos, a Standard and Poor’s.” (Dilma – 8 de agosto de 2011)
"Quando o mercado teve uma dor de barriga, e não foi uma dor de barriga, foi uma daquelas diarreias insuportáveis, ou seja, quando o mercado teve essa diarreia, quem eles chamaram pra salvá-los? O Estado, que eles negaram durante 20 anos." (Lula – dezembro de 2008)
“Repudiamos todas as soluções recessivas para a crise mundial. Elas acirram o custo social dos ajustes, transferindo-os para os segmentos menos protegidos, com destruição do emprego e do bem estar. No Brasil e na América do Sul, trilhamos um outro caminho. Buscamos o desenvolvimento sustentado, fiscalmente equilibrado e robusto, democrático e justo." (Dilma – agosto de 2011)
"Eu estou muito confiante de que a crise americana, se ela chegar aqui... ela lá é um tsunami, aqui ela vai chegar uma marolinha, que não dá nem pra esquiar." (Lula – outubro de 2008)
"Temos clareza que não somos imunes, não vivemos numa ilha, mas sabemos que o Brasil tem força suficiente [...] para fazer face a essa conjuntura." (Dilma – agosto de 2011)