Itamaraty oferece bolsas de estudo para Carreira Diplomática por Glauber Santana

JORNAL A TARDE 
Benefício é voltado para candidatos afrodescendentes, de nível Superior ou que irão concluir o curso até o fim de 2012.


Com o objetivo de facilitar o acesso do afrodscendente à carreia diplomática, o instituto Rio Branco (IRBr) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lnçaram na seman passada o proceso seletivo para o Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco - Bolsa Prêmio de Vocação para a Diplomacia, para fornecer bolsas de estudo de R$ 25 mil à candidatos afrodescendentes.

As inscrições seguem aberta até o dia 20 desse mês. A taxa de R$86,00. Segundo o edital, a condição de negro deve ser expressa por meio de autodeclaração e o candidato precisa ser brasileiro nato, ter 18 anos completos até a data de publicação do resultado final do cocurso, estar com as obrigações eleitorais e militares quitadas (o último, no caso de candidatos homens) e ter concluido qualquer curso de nível superior reconhecido pelo MEC ou que venha a concluir o até o final 2012.

 De acordo com o Diplomata primeiro-secetário do Instituto Rio Branco e responsável pela organização da seleção do Bolsa-Prêmio de vocação para a Diplomacia, Márcio Rebouças, o Instituto Rio Branco reconhece que há um déficit de negros nessa atividade e o programa visa mudar isso, já que "a carreira diplomática tem especificidade de ser o rosto do Brasil no exterior" conta o representante do IRBr.


 
Renda dos Candidatos

Estudante do curso de Relações Internacionais no Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE)Glauber Santana, 24, tentará a carreira de diplomata e acredita que a bolsa é uma ótima oportunidade, mas deveria trabalhar melhor os critérios de avaliação da renda dos beneficiários. "o curso é predominante concorrido por candidatos elitistas,que podem se dedicar inteiramente aos estudos,como sou emergente e tenho que trabalhar e estudar, a bolsa permitiria que eu pudesse dedicar mais tempo à preparação ou até mesmo deixar o trabalho por um momento, porque com o dinheiro daria para compra livros e contratar professores particulares" conta Glauber.

"Fazer parte de grupo de estudos, participar de eventos, Fóruns internacionais e o trabalho voluntário (participa do Greenpeace Brasil) é um diferencial na banca examinadora do IRBr"
De acordo com Glauber a carreira diplomática é uma oportunidade para aprender na prática o que vivenciou no curso de Relações Internacionais.

Márcio afirma que, apesar do edital não estabelecer a comprovação da situção econômica, o candidato à bolsa deve oferecer dados relativos à renda dele e da familia em questionário socioeconômico e na segunda fase das provas. " A banca averigua a situação de cada um" explica. O programa é promovido em parceria com a Secretária Especial dos Direitos Humanos,a Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a Fundação Cultural Palmares, completa uma década no ano que vem e, até o momento, conseguiu efetivar 17 ex-bolsistas como diplomatas.

Jornal ATARDE -BA/SE

Por: Thiago Guimarães

Adaptado por Glauber Santana



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