Especulação imobiliária na Av. Suburbana.

A atual conjuntura econômica do Brasil favoreceu a expansão do mercado imobiliário na cidade de Salvador, não é diferente do restante do país, a especulação imobiliária esta redesenhando a cidade, e com nova tendência  - os bairros privado, onde só tem acesso moradores e prestadores de serviços e a regeneração de espaços urbanos.

Um bom exemplo de bairro privado é o Bela Vista Residencial, um complexo com torres empresariais, hotel, colégio, torres residenciais, um clube privado e o Shopping Bela Vista. Existe outros modelos espalhado pela cidade. Nos últimos 05 anos Salvador mudou, hoje a Paralela é um bairro de classe média alta, o Alpha ville é sinal que a economia soteropolitana esta em plena expansão econômica.Os benefícios da especulação nesta região segue até Lauro de Freitas.

 Acontece que este Boom imobiliário na Paralela esta sufocando, atualmente duas áreas (Bairro da Paz e Parque de Pituaçu) alvo da forte e cruel especulação imobiliária, entretanto, a primeira região é densamente habitada por pessoas carentes e outra é uma Área de Proteção Ambiental - APA. Este último já sofre com a construção de torres ao entorno do parque, e da via Alpha Ville - Orla. 

 Possivelmente em quatro anos a gestão municipal e empresários necessite repensar na cidade, uma vez que a verticalização não é a solução mas adequada. porem como agregar novos empreendimento e serviços numa cidade com uma geografia caótica? A única via que poderá ser explorada pelas empreiteiras e imobiliária em Salvador será a regeneração da Avenida Suburbana, conhecida por conectar a região da periferia ao restante da cidade. 

A 10 anos atrás a Paralela não tinha estrutura e hoje é um bairro de conceito A. Acontece que a avenida Suburbana é valorizada  (bairros como Lobato, Plataforma, Pirajá e Parque São Bartolomeu) será valorizado com a especulação. Atualmente é notável o interesse de algumas empresas e até universidades na região citada. 

Nos últimos meses no bairro de Plataforma foi inaugurado um campus do Centro Universitário Jorge Amado, lembrando que esta universidade esta na vanguarda do desenvolvimento da cidade. A 10 anos atrás apostou na Paralela, e hoje aposta na região da suburbana. O bairro de Pirajá é outro caso - a localidade esta sendo alvo preferencial das imobiliárias devido a sua posição estratégica do bairro que fica no meio de duas vias a BR 324 e a Av. Suburbana. 

Outro ponto positivo para o bairro é a revitalização do Parque São Bartolomeu. Um projeto que pretende alavancar a economia da região e inserir no roteiro turístico da cidade.

 Outra especulação que pode movimentar a região de Pirajá e Suburbana é a transferência do Terminal Rodoviário da Cidade para o bairro de Pirajá, próximo ao Condomínio Porto Seco Pirajá.  O motivo para localização da rodoviária é o acesso a BR 324 fora do perímetro da cidade. Realmente caso aconteça essa transferência do terminal o local mas adequado é Pirajá. Ampliando a moblidade na cidade.
 A região do Lobato é observada por empresas da Área de hoteleira, devido a enseada e a proximidade com o Parque São Bartolomeu.
Outra região que segue esta tendencia é a Península de Itapagipe, onde empresas de engenharia já compraram milhares de casa e terreno. A especulação nesta região é devido ao Projeto de internacionalização da cidade que inclui o projeto de regeneração do Porto de Salvador e da orla desta região.

 O processo de especulação imobiliária é vista por duas óticas: 1- desenvolvimento econômico e 2- social, o impacto que este último pode causa vai depender da intervenção do Estado junto a comunidade local, uma vez que as autarquias tem a obrigação de atender aos caprichos e acordo com o setor privado impõem para investir na cidade

 Histórico da Região da Suburbana


 Na década de 1940 os jovens pegava uma canoa a remo ou à vela e se ia até a Enseada do Cabrito, à direita de Plataforma, a fim de se tomar banho de cachoeira. Verdade! Havia ali uma cachoeira, belíssima que chamávamos "Cachoeira do Rio do Cobre”. Já dentro da Enseada ouvindo o seu som, ainda tínhamos muito caminho a percorrer até chegamos a ela. Eram caminhos de manguezais que afloravam até ao meio do mar, como se fosse um rio caprichosamente sinuoso.



Hoje, não mais existe a Cachoeira do Rio do Cobre que desaguava na Enseada do Cabrito. Também não existe mais o manguezal que a protegia e a escondia dos curiosos. Hoje a realidade é totalmente diferente de quase 70 anos atrás. Mas é possível resgatar essa história? 

De acordo com Dan Epstein, diretor de sustentabilidade da Olimpíadas de Londres, qualquer lugar pode resgatar sua história, na visão do diretor a regeneração urbana é capaz de resolver problemas locais, durante sua palestra no Fórum Mundial de Sustentabilidade de Manaus em março de 2011, apresentou o projeto Londrino das Olimpíadas de 2012. 

O projeto foi responsável por mudar esteticamente e ativar economicamente uma região da cidade, e posso dizer que o projeto foi eficaz.

Quem vai regenerar a avenida Suburbana?

 Glauber Machado 
Estudante de Relações internacionais
 Especialização em Branding e Governança Corporativa 

 Att. ao blog http://salvadorhistoriacidadebaixa.blogspot.com/

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