O governo equatoriano ameaça abandonar o projeto de preservação do Parque Nacional Yasuní, na Amazônia, se a comunidade internacional não contribuir com US$ 3,6 bilhões.
O dinheiro será utilizado para a criação de fontes alternativas de energia. Desta forma, o Equador pretende preservar sua reserva de petróleo na floresta.
O presidente Rafael Correa contava com o apoio da cooperação alemã e da União Européia, mas até o momento nada de concreto foi fechado.
A coordenadora do projeto Yasuní, a ex-chanceler Maria Fernanda Espinosa, informou que o Brasil também foi chamado a colaborar e que espera uma resposta da presidente Dilma Rousseff para os próximos dias.
De acordo com Espinosa, os recursos para a preservação da área serão administrados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O Equador que transformar a matriz energética do país e a preservação de bosques e aldeias indígenas é bastante precária.
O petróleo é atualmente a principal fonte de receitas do Equador.
Yasuní concentra 20% das reservas equatorianas e pode ser responsável pela emissão de 400 milhões de toneladas de dióxido de carbono, principal agente do aquecimento global.
Maria Fernanda Espinosa revelou que se os recursos não chegarem o país vai explorar o petróleo na reserva.
Até o momento, Chile, Espanha e Itália, contribuíram com um total de US$ 38 milhões. O país espera arrecadar ao menos US$ 100 milhões em 2011 para viabilizar o projeto.
Em junho, o governo fará uma avaliação dos avanços e poderá decidir por seu abandono. Até lá, Correa quer ouvir a população em referendo sobre a preservação ou não de Yasuní.
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